A
Polícia Militar achou na tarde desta quarta-feira (12/4)
Elizângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, mãe do pequeno Miguel
Carvalho, de 5 meses, que foi encontrado morto no Lago Paranoá no
último domingo (9/4).
A
mulher foi levada para a 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul),
que investiga o caso. Elizângela teria invadido um quintal de uma
casa em obras na QL 26 do Lago Sul e estava em cima de uma árvore.
Populares a viram e acionaram a PM pelo 190, que foi ao local. A
princípio, a corporação tinha dito que foi chamada pela dona do
imóvel, mas a informação foi corrigida posteriormente.
Elizângela estava
desorientada, cabelos despenteados e esta no local desde a morte do
bebê. Chegou à unidade policial de ambulância do Corpo de
Bombeiros e entrou pela porta de trás para ser ouvida pelos
investigadores
Aos
policiais, ela disse que não se recorda dos filhos. A única
lembrança que tem é de quando morava no Maranhão. Elizângela
estava vivendo os últimos dias como moradora de rua. Existe a
suspeita de que tenha sofrido um surto psicótico.
Em
coletiva à imprensa, o delegado titular da 10ª DP, Plácido
Sobrinho, disse que vai pedir à Justiça a prisão preventiva de
Elizângela. O caso será levado ao juiz de plantão do Tribunal de
Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Com base nos laudos
psicológicos, o magistrado deve determinar se Elizângela vai
para ao Presídio Feminino do Gama ou se será encaminhada a um
hospital psiquiátrico.
De
acordo com o delegado, Elizângela está sendo ouvida por uma
psicóloga, que vai elaborar um laudo. O documento será remetido ao
juiz. “Tudo indica que ela cometeu o homicídio, mas o caso não
está encerrado. Ainda aguardamos os laudos psicológico e do
Instituto Médico Legal”, disse o investigador.
Antes
de o bebê ser encontrado morto, Elizângela também teria passado ao
menos três dias caminhando perto do Lago Paranoá. Uma testemunha
chegou a ver a mulher caminhando sozinha por uma avenida do Lago
Sul. À polícia, a família contou que ela passava por
problemas psicológicos e chegou a enviar uma mensagem no WhatsApp
avisando que faria uma “viagem sem volta”.
Nesta
terça (11), durante toda a tarde, duas irmãs, uma cunhada e outros
dois parentes de Elizângela estiveram na 10ª DP para prestar
depoimento. Eles não quiseram conversar com a imprensa. A família
da mulher mora em Santa Maria. E também não entende o que pode ter
ocorrido.
O
pequeno Miguel foi achado boiando nas proximidades da Península dos
Ministros, no Lago Sul. O Corpo de Bombeiros informou que foi
acionado às 17h09 do domingo, por um piloto de jet ski que passava
próximo ao local.
Na
sequência, quatro integrantes do Grupamento de Busca e Salvamento
resgataram o corpo do menino. O bebê vestia calça de moletom
amarela, camiseta regata com desenhos de barcos e tinha uma chupeta
azul presa à roupa por uma fita de mesma cor, além de usar um
broche em formato de hipopótamo.
Desde
o começo da semana, os bombeiros fizeram buscas no lago na
tentativa de achar a mãe. Uma das hipóteses é de que ela também
tivesse se afogado.
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