Por Gabriel Jesus do G1
Em
meio à situação
de emergência ambietal por causa do risco de queimadas,
o racionamento faz com que hidrantes do Distrito Federal fiquem sem
água. Com isso, os bombeiros têm de trabalhar com reserva para
combater incêndios. A situação de emergência por causa do risco
de incêndios florestais foi decretada na última quinta-feira (11) e
o DF passa por cortes de água desde janeiro.
De
acordo com a Diretoria de Segurança do Corpo de Bombeiros, "ocorre
sim o corte de abastecimento de água nos hidrantes destinados a uso
de combate a incêndio". Assim, em caso de necessidade, os
bombeiros dizem que possuem "caminhões com reservas especiais
de urgência juntamente com a capacidade operacional dos bombeiros
treinados para sanar tais sinistros". A corporação não
detalhou o volume desta reserva especial.
Quando
se trata também de combate ao fogo em áreas urbanas, os bombeiros
afirmam que têm atuação ágil. "Nosso tempo de resposta em
incêndios urbanos é muito rápido pela disposição dos quartéis
que são estratégicas. As distâncias não são muito grandes e
enquanto fazemos o trabalho outras viaturas são deslocadas como
apoio", declarou o major Lourival Correia, porta-voz da
corporação.
Questionada,
a Caesb afirmou ao G1 que
existe um canal de contato direto entre a companhia de saneamento e
os bombeiros. Se for preciso mais água, "a Caesb indica uma
rota alternativa para enchimento dos caminhões, que pode ser em
hidrante de uma região próxima que não está na escala do
racionamento do dia, ou ainda, em alguma unidade da Caesb"
O
especialista em gestão de risco Moacyr Duarte, comentarista da TV
Globo, explicou que a situação de falta d'água demanda um
reordenamento da atuação dos bombeiros. "Isso pode ser
perigoso se você tomar essa medida [de cortar água dos hidrantes] e
não fizer nenhuma medida complementar. Os bombeiros fazem seu
planejamento de acordo com a posição dos hidrantes. Se você
reduzir a disponibilidade de hidrantes, isso implica refazer um
planejamento."
Segundo
ele, esse planejamento tem que ser feito antes que começasse o
racionamento. "As viaturas dos bombeiros têm pequenas reservas
de água. Com o apoio de um caminhão pipa de 10 mil litros, a água
só dura cerca de cinco minutos", declarou. "Ou seja, a
reserva dura pouco e é preciso um suporte de agua."
Em
casos extremos, em que não há uma adequação para garantir mais
água, o especialista aponta que pode acontecer uma demora no combate
às chamas.
"Os
bombeiros vão sair com a água que têm? E eles têm garantia de que
vão dar suporte a ele? Quando diz que não pode usar todos os
hidrantes, a logística tem que mudar."
Fonte:
G1
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