Por Lucas Vidigal, Sarha Peres e Deborah Novais
Um
trem do metrô descarrilou entre as estações Águas Claras e
Arniqueiras na manhã desta quarta-feira (28/2). Por isso, o serviço
chegou a ficar completamente interrompido entre Arniqueiras e os
terminais Ceilândia e Samambaia. Nas outras, há operação. Segundo
a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF), os
veículos só voltam a circular normalmente depois que os técnicos
retirarem a composição dos trilhos.
Também
de acordo com o Metrô/DF, não havia ninguém nos vagões, exceto o
motorista. Ele não se feriu. Ainda não se sabe as causas do
acidente.
Às
10h25, o metrô voltou a funcionar entre as estações Guará e
Central. Além delas, a estatal também retomou a operação entre
Águas Claras e os terminais Ceilândia e Samambaia.
Interrupção
pode não terminar hoje, diz sindicato
De
acordo com o diretor de assuntos jurídicos do Sindicato dos
Metroviários (Sindmetrô), Leandro Santos, o funcionamento do metrô
estará interditado durante todo o dia, nos sentidos Central,
Samambaia e Ceilândia. Essa informação não foi confirmada pelo
Metrô/DF.
"Como
o trem saiu dos trilhos em uma área de transição de todos os
sentidos do metrô, todo o trecho está fechado. A empresa está
vendo o que pode ser feito, mas não há previsão para o retorno das
atividades. É bem provável que o metrô não funcione hoje",
afirma.
Confusão
nas estações
Os
passageiros que esperavam pelo metrô não sabiam o que fazer quando
souberam do descarrilamento de um trem. Há relatos de movimentação
acima do normal nas estações Águas Claras e Arniqueiras, as duas
cujo serviço ficou completamente interrompido.
Os
servidores do Metrô/DF chegaram a fechar os gradis de entrada para
impedir a circulação. Quem não foi avisado do descarrilamento
ficou do lado de fora, sem entender o que havia ocorrido.
O
garçom Rafael Alvez, 35 anos, pegou o metrô sentido Central, por
volta de 8h30, na estação Ceilândia Centro, próximo de onde ele
mora. Ele conta que, perto das 9h30, o trem parou na estação Águas
Claras por pelo menos 10 minutos.
"Depois
de ficarmos esperando, eu e os outros passageiros decidimos descer
para ver o que havia acontecido, porque nem nos avisar eles têm
capacidade de fazer. Sorte que não tinha ninguém e não era em
horário de pico, porque, se não, seria um quebra-pau. De um tempo
para cá, o metrô está sempre apresentando problemas, o transporte
está um caos", opina [confira,
abaixo, os casos mais recentes de falha no metrô].
Os
passageiros desceram na estação Águas Claras, onde a bilheteria
devolveu o dinheiro da passagem. Rafael, que seguia para o trabalho
na Esplanada dos Ministérios, chegará atrasado para a entrada no
serviço. Ele teria de bater ponto às 10h. "Eu avisei na minha
empresa, mas toda a situação é desagradável. O transtorno de
termos que pegar outro transporte é grande", conclui.
Metrô
passa por problemas frequentes
Somente
nos últimos três meses, pelo menos outros cinco casos interromperam
a circulação dos trens. Na manhã de 23 de janeiro, durante o
horário de pico, um dos veículos apresentou falhas no sistema
pneumático entre as estações de Arniqueiras e Guará. O episódio
resultou em grandes
filas até a operação ser normalizada cerca de uma hora depois.
Em
2017, dezembro foi o mês que mais registrou problemas. Somente na
primeira semana, dois princípios de incêndio aconteceram nos
vagões. Em 1º/12, as chamas queimaram uma peça
conhecida como churrasqueira,
que serve para dissipar o calor, na estação Arniqueiras. O trem foi
substituído, e houve um atraso de 20 minutos na circulação.
Na
noite de 6 de dezembro, o fogo
que começou no circuito elétrico dos trilhos assustou
os passageiros que estavam no Guará. A operação parou por 25
minutos.
Também
houve transtornos no dia 11 daquele mês, no início da manhã. O
serviço registrou atraso de 20 minutos. Uma falha
no compressor obrigou os passageiros a descer na
estação Concessionárias e aguardar pelo trem seguinte.
Aproximadamente
três semanas depois, problemas na comunicação entre os metrôs,
centro de controle operacional e via na estação Asa Sul deixaram a
população com ao menos uma hora de atrasos.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: Correio Braziliense
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