Por Ana Luiza Vinhote
O primeiro dia letivo no Centro
Educacional (CED) 1, na Estrutural, na manhã desta segunda-feira
(11/2), foi bem diferente dos outros anos. Perfilados, os alunos
acompanharam a execução do hino nacional e assistiram ao lançamento
da gestão compartilhada de uma das quatro escolas militarizadas no
Distrito Federal. Daqui para frente, eles enfrentarão uma disciplina
mais rígida, com rotinas e regras específicas. A escola é uma das
quatro primeiras da rede pública a contar com o novo formato no DF.
O governo promete encaminhar à Câmara Legislativa, esta semana, o
projeto de expansão do modelo a outras 36 unidades. O objetivo é
chegar a 40 ainda neste ano.
O colégio foi escolhido para
representar o início do ano letivo em evento oficial do GDF. Mais de
400 mil estudantes e 28 mil professores retornam às atividades nos
678 centros de ensino público da capital do país. “Por
determinação do governador (Ibaneis Rocha), vamos acompanhar de
perto as escolas (militarizadas). A realidade é que os professores
gastam muito tempo pedindo atenção. É preciso ordem”, disse o
Secretário de Educação, Rafael Parente, que interrompeu o discurso
por duas vezes para pedir silêncio durante a solenidade.
O modelo é inédito na capital.
As escolas passaram a ser denominadas de Colégio da Polícia Militar
do Distrito Federal (CPMDF). Os PMs e BMs – que vão atuar nos
centros de ensino – são responsáveis pelas atividades
burocráticas e de segurança, como controle de entrada e saída,
horários, filas, além de darem aulas de musicalização, ética e
cidadania no contra turno. Orientadores, coordenadores e professores
permanecerão encarregados do conteúdo pedagógico das classes.
“Dentro
da sala de aula quem cuidará são os professores. Os militares
ficarão com a disciplina e a segurança nas escolas”, pontuou o
vice-governador. De acordo com Paco Britto, cerca de 40 escolas
também terão o modelo implantado até o fim do ano. “Não há uma
previsão de quais serão as próximas escolas. Está sendo feito um
estudo.”
Metodologia
Segundo
o secretário de Segurança do Distrito Federal, inicialmente
deve ser elaborada uma metodologia de seleção para levar a
militarização às outras unidades. “Fomos muito
procurados por pais e alunos sedentos pelo projeto. Estamos fazendo
estudos para ampliar”, ressaltou Anderson Torres.
Além do centro de ensino da
estrutural, o novo formato de gestão compartilhada com a PMDF
começou a funcionar no CED 3, em Sobradinho; no CED 7, em Ceilândia;
e no CED 308, no Recanto das Emas. Para Rafael Parente, a medida
“é um sonho de várias pessoas”. “Temos uma missão de
oferecer educação de excelência para todos. Se hoje estamos aqui,
é porque tivemos boas oportunidades educacionais e bons
professores”, frisou.
As novas regras preveem que os
meninos não podem andar com brincos e pulseiras, nem usar fios
compridos. Por sua vez, as meninas só devem ter adereços
discretos e os cabelos amarrados. Professor e professora deverão ser
chamados de senhor e senhora, respectivamente. Antes do início das
aulas, diariamente, os alunos ficam em formação no pátio para
acompanhar o hasteamento da bandeira nacional e ouvir os recados do
dia. Além disso, têm aulas de civismo e ética.
Para Kevin Vieira, 11 anos,
aluno do CED 1, a mudança é positiva. “Acho que vou aprender
muito com eles (militares), destaca. A mãe dele, Cléssia
Vieira, 29, concorda: “Acredito que será melhor, pois eles
passarão ensinamentos bons para as crianças. Esperamos que deem
exemplo e que diminua a violência”.
7 Comentários
Amei gostaria muito que a minha filha estudasse no escola militar 😍👏👏👏👏
ResponderExcluirParabéns...
ResponderExcluirSó com disciplina e exemplos, e correção se educa uma criança!
ResponderExcluirA se essa ideia tbem se eatendece ate o intorno de Brasilia tbem, porq o intorno esta precisando com urgencia, principalmente Aguas lindas de goias!
ResponderExcluiré o caminho mais correto, para mudarmos o cenário da educação no Brasil.
ResponderExcluirSe o filho tivesse sido educado em casa talvez não precisasse de um colégio militar... Mas deixe os militares fazerem os papéis dos pais eles são mais competentes ...
ResponderExcluirA presença de policiais em escolas pode ser válida desde que a família dos alunos cooperem dando bons exemplos em casa.É sempre assim, se der problemas, chamem a polícia.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.