Destas, 38 são escolas
estaduais e 16 municipais, localizadas em 23 estados e no DF
O Ministério da Educação
anunciou hoje (21) as 54 escolas públicas selecionadas para o
Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares em 2020. Destas, 38
são escolas estaduais e 16 municipais, localizadas em 23 estados e
no Distrito Federal.
De acordo com a pasta, cerca de
1.000 militares, tanto da reserva como da ativa, vão participar do
projeto-piloto, atuando na gestão educacional das instituições.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a escolha das
escolas levou em conta a localidade, a partir de “uma equação com
variáveis com base em critério absolutamente técnico”.
“São as primeiras 54 escolas
cívico-militares. Começam a funcionar já na volta às aulas. É um
modelo que a gente acredita que vai ter amplo sucesso no Brasil.
Nossa meta é ambiciosa e vamos ajustar esse método”, disse o
ministro.
Os critérios foram detalhados
pelo secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Carlos Macedo.
Segundo ele, foram priorizadas escolas em capitais e regiões
metropolitanas em função do acesso a um número maior de
estudantes.
“É fundamental que qualquer
modelo educacional possa trazer a possibilidade de atender a maior
quantidade possível de estudantes para reduzir cada vez mais a
distorção que existe entre regiões. Quando você faz a escolha por
um município que tem uma grande população, obviamente você pode
beneficiar uma quantidade maior de alunos”, disse o secretário.
Entre as escolas escolhidas, 19
estão localizadas na Região Norte; 12 na Região Sul; 10 na
Centro-Oeste; 8 no Nordeste; e 5 no Sudeste. Piauí, Sergipe e
Espírito Santo ficaram de fora. Cada escola receberá R$ 1 milhão
do governo, o que totaliza R$ 54 milhões em recursos.
Parte dos recursos (R$28
milhões) terá como destino o Ministério da Defesa, a quem caberá
arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas.
O restante (R$ 26 milhões) vão para o governo local, para serem
aplicados nas infraestruturas das unidades, materiais escolares e
reformas.
Disciplina
A questão da disciplina foi
destacada pelo subsecretário de Fomento às Escolas
Cívico-Militares, coronel Aroldo Ribeiro Cursino, como forma de
melhor aproveitar o tempo dedicado às aulas. “Se você verificar,
há pesquisas que apontam que cerca de 30% do tempo em sala de aula
não é utilizado por falta de silêncio ou controle da turma. Então,
a disciplina será uma ferramenta, mas não será a essência
principal. Ela é um meio. O principal objetivo é o aluno e a
gestão, para que possamos formar de maneira integral esse jovem”,
disse o subsecretário.
“O que se espera é um
comportamento que preze um melhor tratamento do professor, dos
colegas, e de respeito aos símbolos nacionais. Na nossa época,
tínhamos [a disciplina de] Educação Moral e Cívica. A gente
aprendia esses respeitos. A gente assiste filmes de outros países e
vê respeito da população aos símbolos nacionais. Uma das coisas
que a escola cívico-militar tenta ressuscitar e trazer à tona é
essa questão”, complementou Macedo.(ABr)
Confira a lista
Acre: Duas escolas em Macapá
Amazonas: Duas escolas em Manaus
e outra indicação do estado
Pará: Ananindeua, Santarém e
duas escolas em Belém
Rondônia: Alta Floresta
d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
Tocantins: Gurupi, Palmas e
Paraíso
Alagoas: Maceió
Bahia: Feira de Santana
Ceará: Sobral e Maracanaú
Maranhão: São Luiz
Paraíba: João Pessoa
Pernambuco: Jabotão dos
Guararapes
Rio Grande do Norte: Natal
Distrito Federal: Santa Maria e
Gama
Goiás: Águas Lindas de Gioás,
Novo Gama e Valparaíso
Mato Grosso do Sul: Corumbá e
duas escolas em Campo Grande
Minas Gerais: Belo Horizonte,
Ibirité e Barbacena
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
São Paulo: Campinas
Paraná: Curitiba, Colombo, Foz
do Iguaçu e outra indicações do Estado
Rio Grande do Sul: Alvorada,
Caixias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
Santa Catarina: Biguaçu,
Palhoça, Chapeco e Itajaí
Fonte: Agência Brasil
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