Ação da Polícia Militar do
Distrito Federal garante a segurança das crianças nos blocos
infantis. Serviço ganha reforço nesta terça-feira (25), último
dia de festa
Aos dois anos de vida, a pequena
Júlia precisou se esforçar para alcançar a mesa em que eram
confeccionadas as pulseiras de identificação dos foliões-mirins.
Vestida de Chiquinha, personagem da série mexicana Chaves,
ela pode se divertir no primeiro Carnaval na capital de forma segura.
Em dois dias, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
distribuiu mais de 500 desses adereços infantis e deve ter maior
demanda nesta terça-feira (25), quando a festa termina.
“A gente quer se divertir com
segurança”, destaca o bancário Fausto Lana, 32 anos, pai de
Júlia. “Ela [a filha] é nosso bem mais precioso, e queremos que
ela esteja bem-cuidada. Nos sentimos protegidos com esse serviço”.
Esta é a primeira vez que a família aproveita, junta, o Carnaval do
DF. “Estamos gostando bastante. Os blocos infantis estão
bem-policiados, sem briga ou confusão”, observa a mãe, Pauliane
Lana, 37.
Segurança para todos
De sábado (22) a segunda-feira
(24), cerca de 500 pulseiras foram distribuídas a crianças como
Júlia nos blocos destinados ao público infantil. Nesta terça-feira,
os militares vão dar assistência aos foliões-mirins no Baratinha,
no estacionamento do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade. Com
expectativa de reunir cem mil pessoas, o bloquinho tradicional da
capital deve dobrar a quantidade de identificações entregues.
A ação é uma parceria da PMDF
com Conselho Tutelar, Secretaria de Justiça (Sejus) e Secretaria de
Segurança Pública (SSP). “Com isso, esperamos diminuir a
quantidade de crianças perdidas, ou, no caso de ocorrência, que
sejam localizadas logo, garantindo, assim, um Carnaval mais seguro”,
esclarece o segundo-sargento Celso Ramos.
“Basta um segundo de
distração para a criança sair do campo de visão dos pais”,
alerta o militar. Por isso, ele estimula que todos os foliões-mirins
sejam identificados. Na pulseira, são colocados o nome da criança,
o de um responsável e o telefone para contato. Em cor chamativa, é
possível visualizar o adereço a distância. “É mais uma forma de
proteção”, lembra.
Crachá
Pais ou responsáveis também
podem utilizar o crachá oferecido pela corporação. O processo é
fácil e rápido. Os dados devem ser preenchidos em formulário
disponível no site
da PMDF, que também pedirá uma foto atualizada da criança.
Pronto, agora basta imprimir. Em dias úteis, os postos do Na Hora
fazem a impressão dos crachás, mas, em virtude do ponto-facultativo
e do feriado, o serviço está indisponível.
SOS Criança
Um serviço de emergência foi
criado para ajudar na localização de crianças perdidas ou que
estejam sob alguma situação de vulnerabilidade. O SOS Criança DF
poderá ser acionado durante o Carnaval e funciona em caráter
permanente por meio do WhatsApp (99212-7776).
As informações são enviadas
pelo aplicativo ao Centro Integrado de Operações de Brasília
(Ciob), que faz o encaminhamento mais adequado para que a criança
seja localizada e entregue aos responsáveis.
Atenção às regras
A Vara da Infância e da
Juventude (VIJ-DF) estabelece regras para a presença dos foliões
mirins em atrações do Carnaval. Em bailes e matinês, que devem
terminar até as 20h, só será permitida a entrada de crianças e
adolescentes – acompanhados pelos responsáveis.
O mesmo se aplica aos
bloquinhos. Os brincantes com até 16 anos deverão estar
acompanhados pelos pais ou responsáveis legais. Estes terão de
portar documento de identificação oficial para fins de comprovação.
Os agentes de proteção estarão presentes nos eventos carnavalescos
para fiscalizar a entrada e a permanência do público
infantojuvenil.
Fonte: Agência Brasil
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