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Em viagem ao Chile, Lula quer criar frente para peitar Trump

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca para Santiago, no Chile, nesta segunda-feira (21), para participar de um encontro estratégico com líderes de esquerda da América Latina e Europa. A reunião, que será realizada com os presidentes Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e o primeiro-ministro Pedro Sánchez (Espanha), busca consolidar uma frente contra o que os participantes chamam de “avanço do extremismo” — especialmente nas plataformas digitais.
A visita ocorre em meio a um momento delicado na relação entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro considera que as recentes medidas do presidente Donald Trump, como tarifas de 50% sobre produtos nacionais, configuram “ingerência” e “punição” ao país. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Lula pretende denunciar na cúpula a utilização de tarifas como ferramenta política e eleitoral, bem como propor uma governança internacional para big techs e regulação da inteligência artificial.
Além disso, Lula deve expor o que considera ser “um dos ataques mais explícitos à democracia brasileira” — a carta de Trump que exige o fim de ações judiciais no Brasil em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de empresas norte-americanas.

Big Techs e governança digital em pauta
Desde 2023, o governo brasileiro tem estudado formas de taxar empresas de tecnologia, mas a tensão recente com Washington deu novo impulso ao tema. Lula quer unir esforços com líderes progressistas para criar normas conjuntas contra desinformação e o uso “malicioso” das redes sociais.

Ausências e dificuldades de agenda
A presidente mexicana, Claudia Scheinbaum, também convidada por Boric, não confirmou presença. O encontro, planejado desde 2024, havia sido acordado em fevereiro, após uma videoconferência na qual os líderes expressaram preocupação com as políticas de Trump, incluindo deportações em massa e medidas consideradas protecionistas.
Segundo o governo chileno, o objetivo é construir uma agenda conjunta para defender o multilateralismo, a democracia e a cooperação global baseada em justiça social. Os debates terão três eixos centrais: fortalecimento da democracia, redução das desigualdades e regulação de tecnologias emergentes.

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