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Cercado por denúncias, Hugo Motta pode repetir destino de Cunha e Cavalcanti: a renúncia

 
A história recente da Câmara dos Deputados mostra que presidentes que se afastam da ética e da responsabilidade institucional acabam pagando o preço. Foi assim com Severino Cavalcanti, que em 2005 renunciou após denúncias de corrupção em contratos da Casa, e também com Eduardo Cunha, cassado anos depois em meio a acusações de manter contas secretas no exterior e comandar um dos períodos mais instáveis da política nacional.
Agora, em 2025, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta um cenário semelhante. Reportagens apontam que ele teria empregado o caseiro de sua fazenda em um cargo de confiança no gabinete da presidência da Câmara, além de manter funcionários fantasmas em sua estrutura. Acusações que, se confirmadas, configuram graves desvios éticos e morais.
A situação de Motta, no entanto, é ainda mais delicada: pesam contra ele suspeitas de submissão a interesses de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), motivada por processos judiciais que atingem familiares seus. Essa condição fragiliza sua autonomia como chefe do Legislativo e amplia a percepção de que ele estaria refém de forças externas ao Parlamento.
Diante do agravamento da crise, a renúncia desponta como um desfecho inevitável — não apenas como saída pessoal, mas como a única forma de preservar a credibilidade institucional da Câmara dos Deputados. Cada dia em que Motta permanece no cargo aprofunda o desgaste de uma das principais instituições da democracia brasileira.

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