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Derrite leva facções brasileiras à mira dos EUA: PCC e CV podem virar ‘terroristas’ .Entenda o que está em jogo!

Secretário de Segurança de São Paulo articula com Washington medida que poderia mudar combate ao crime organizado no Brasil.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, movimentou-se estrategicamente em maio de 2025 para intensificar a cooperação internacional no enfrentamento das grandes facções criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). O foco principal foi convencer autoridades dos Donald Trump nos Estados Unidos de que essas organizações deveriam ser classificadas como terroristas — o que abriria caminho para sanções mais rígidas e apoio operacional direto de Washington. 

Por que essa classificação importa?
Derrite defende que o PCC e o CV operam além do crime comum: segundo ele, essas facções têm dimensão transnacional e usam a violência como instrumento estratégico — se aproximando, em sua visão, dos perfis de organizações terroristas. A ideia é que essa nova qualificação permita aos EUA e ao Brasil aplicar mecanismos jurídicos mais severos, como o bloqueio de bens, cooperação de inteligência e extradições. 
Veja
Nos EUA, a pauta de classificar cartéis e facções internacionais como “Foreign Terrorist Organizations” (FTOs) ganha força, e a articulação paulista buscava alinhamento com essa tendência. Se aprovada, a medida poderia aumentar o custo do crime organizado no Brasil — frase publicamente usada por Derrite. 

Divergências com o governo federal
A iniciativa do secretário paulista esbarra em resistência formal do governo federal. O Brasil mantém que PCC e CV são organizações criminosas — e não terroristas — já que não possuem motivação política ou ideológica clara, elemento essencial na Lei Antiterrorismo brasileira (Lei 13.260/2016). 
A falta de consenso entre estados e União cria um impasse diplomático e operacional: Washington pressiona por linha mais dura, enquanto Brasília adota postura cautelosa para evitar impacto na cooperação internacional e em tratados de direitos humanos.

Impactos práticos esperados
Sanções financeiras: bloqueio de ativos e restrições a redes de lavagem de dinheiro.
Cooperação internacional ampliada: inteligência, extradição e ações conjuntas entre Brasil e EUA.
Mudança na legislação: Derrite vai relatar o Projeto de Lei 1.283/2025, que propõe alterar a Lei Antiterrorismo para enquadrar facções como terroristas. 
Pressão política: estados podem adotar linha mais dura, gerando conflito federativo ou disputa sobre competência.
A movimentação de Guilherme Derrite representa mais do que uma proposta de lei: trata-se de uma tentativa de reconfigurar o combate ao crime organizado no Brasil com olhares externos, como o dos EUA. Resta saber se a convergência federal, estadual e internacional será atingida — ou se o impasse continuará a travar mudanças estruturais.

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