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Negócio bilionário: Eletrobras vende fatia da Eletronuclear para a família Batista

 
A Eletrobras anunciou nesta quarta-feira (15) a venda de toda a sua participação na Eletronuclear para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F Investimentos, pertencente à família Batista. O valor do negócio é de R$ 535 milhões, sujeito à aprovação dos órgãos reguladores. A operação representa um marco estratégico para a estatal de energia e para o setor elétrico brasileiro.
O acordo faz parte dos compromissos estabelecidos no Termo de Conciliação com a União, relacionado à Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 7.385. A venda permitirá que a Eletrobras reduza riscos corporativos, otimize seu portfólio e libere capital para novos investimentos, cumprindo metas do seu Plano Estratégico.
Um movimento estratégico de bilhões
A negociação decorre de um processo competitivo iniciado em 2023. No segundo trimestre de 2025, a Eletrobras tinha registrado cerca de R$ 7,8 bilhões em investimentos na Eletronuclear. A venda resultou na constituição de uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões, registrada no terceiro trimestre deste ano.
“A transação representa um marco importante para a Eletrobras e reforça o compromisso assumido com os seus acionistas e o mercado, de otimização de seu portfólio e alocação de capital, com foco na geração de valor e simplificação de sua estrutura”, destacou a companhia em nota oficial.
Âmbar Energia amplia seu alcance
Com o negócio, a Âmbar Energia passa a ter 68% do capital total da Eletronuclear e 35,3% do capital votante, conquistando espaço relevante nas decisões da empresa. A companhia já atua com fontes de energia solar, hídrica, gás natural, biodiesel, biomassa e biogás, e agora expande sua presença para o setor nuclear — considerado estratégico e de alto valor agregado.
Controle continua com a União
Apesar da entrada da Âmbar, o controle estatal da Eletronuclear permanece com a União. A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional — criada para garantir a soberania sobre setores estratégicos após a privatização da Eletrobras — detém 32% do capital total e 64,7% do capital votante. Isso assegura ao governo federal a palavra final em decisões estratégicas sobre o setor nuclear no país.
A operação sinaliza uma nova etapa de parcerias público-privadas no setor de energia, aproximando capital privado de áreas antes controladas integralmente pelo Estado, mas sem abrir mão da soberania nacional.

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