A conferência COP30, marcada para ser realizada em Belém (Pará) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, já está sob pesado escrutínio de críticas.
As expectativas de um debate climático global são ofuscadas por denúncias de infraestrutura precária, preços exorbitantes e uma logística que privilegia o controle sobre participantes, em vez da real inclusão de vozes vulneráveis.
Um dos focos de críticas é o custo elevado de hospedagem e hospedagens alternativas na cidade-sede. Relatos apontam diárias recordes, com valores de até milhares de dólares por noite, o que gera risco de exclusão de países mais pobres ou da sociedade civil.
Esse tipo de cenário alimenta a narrativa de que o evento está se tornando “uma conferência para poucos” — o oposto do discurso de participação ampla e justiça climática.
Também já há denúncias sobre obras para a COP30 que parecem contradizer o próprio objetivo da conferência: por exemplo, uma rodovia em construção na Amazônia para facilitar o acesso à Belém seria vista por ambientalistas como um retrocesso ambiental.
Além disso, fontes internacionais refletem a expectativa de metas pouco claras e organizações que questionam a credibilidade do encontro.
Embora não encontremos verificação pública confiável sobre os detalhes citados — como coxinha a R$ 30, água a R$ 25 ou sistema obrigatório de cartão pré-pago — essas denúncias se encaixam no contexto de críticas maiores ao evento. O fato é que um evento que se propõe a combater desigualdades climáticas corre o risco de repetir desigualdades estruturais e mercadológicas.
Em resumo: a COP30 vem sendo vista não apenas como uma conferência sobre o clima, mas também como um espelho das contradições entre discurso e prática — onde ambiente, preço, controle e acesso se chocam. A pergunta que fica é: será que o foco será a ação climática — ou o espetáculo político-econômico?
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