A dívida bruta do governo brasileiro atingiu 78,1% do PIB em setembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Isso representa R$ 9,7 trilhões — maior patamar desde o início da série histórica — e coloca o país perigosamente próximo dos 80% do PIB, nível considerado crítico para economias emergentes.
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, em janeiro de 2023, a dívida estava em 71,7% do PIB. Ou seja, em menos de três anos, o endividamento subiu 6,4 pontos percentuais.
Como a dívida cresceu tão rápido?
O relatório mostra os principais responsáveis pelo aumento:
- Juros da dívida: +0,8 p.p. só em setembro;
- Emissões de títulos: +0,3 p.p.;
- Queda do PIB nominal: -0,4 p.p.;
- Dólar mais caro: leve alívio de -0,1 p.p.
Mesmo com aumento da arrecadação federal, os gastos públicos aceleraram em ritmo maior — impulsionados por programas sociais, reajustes de servidores, emendas parlamentares e subsídios setoriais.
O setor público registrou em setembro:
- Déficit primário: R$ 17,5 bilhões;
- Déficit nominal (com juros): R$ 102,2 bilhões;
- Déficit nominal em 12 meses: ultrapassou R$ 1 trilhão.
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