O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), está liderando uma articulação internacional para que os Estados Unidos incluam o Comando Vermelho (CV) na lista de organizações terroristas estrangeiras. A ofensiva diplomática, que acontece de forma sigilosa há cerca de seis meses, também conta com o apoio de outros governadores brasileiros alinhados à direita.
A proposta busca permitir que o CV sofra o mesmo tratamento jurídico e financeiro aplicado por Washington a grupos como o cartel mexicano Los Zetas e o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua. Com essa classificação, os EUA poderiam bloquear ativos financeiros, autorizar prisões em cooperação internacional, facilitar extradições e aplicar sanções econômicas a pessoas físicas e jurídicas ligadas à facção.
A proposta busca permitir que o CV sofra o mesmo tratamento jurídico e financeiro aplicado por Washington a grupos como o cartel mexicano Los Zetas e o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua. Com essa classificação, os EUA poderiam bloquear ativos financeiros, autorizar prisões em cooperação internacional, facilitar extradições e aplicar sanções econômicas a pessoas físicas e jurídicas ligadas à facção.
Documento enviado aos EUA
No início de 2025, o governo do Rio encaminhou à embaixada norte-americana um relatório sigiloso chamado “Análise Estratégica: Inclusão do Comando Vermelho nas Listas de Sanções e Designações dos EUA”. O documento descreve o CV como uma organização:
- “sofisticada, transnacional e brutal”
- com operações ligadas ao tráfico de armas e drogas em países como Paraguai e Bolívia
- com capacidade de corromper estruturas políticas, financeiras e policiais.
Segundo o relatório, a designação como “organização terrorista” facilitaria a cooperação entre o Brasil, Estados Unidos e países vizinhos — especialmente no combate à lavagem de dinheiro e captura de lideranças foragidas.
Alinhamento com outros governadores
A iniciativa teria respaldo de governadores de outros estados com forte presença do crime organizado, que enxergam na cooperação internacional uma alternativa à falta de apoio federal e à fragilidade das fronteiras brasileiras.
E agora?
O governo norte-americano ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes diplomáticas indicam que o tema passou a ser analisado por órgãos de inteligência e segurança dos EUA.
Se o pedido for aceito, seria a primeira vez que uma facção brasileira entraria na lista de organizações terroristas estrangeiras — o que pode mudar o cenário da segurança pública no Brasil.
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