No dia 8 de novembro de 2025, Rodrigo Paz Pereira tomou posse como presidente da Bolívia, marcando o fim de quase duas décadas de hegemonia do partido Movimiento al Socialismo (MAS). Em seu discurso inaugural, Paz denunciou a situação econômica deixada pelo governo anterior e prometeu reformas profundas para tirar o país da crise.
Estado crítico da economia
A Bolívia enfrenta um dos piores momentos econômicos de sua história recente:
- A inflação ultrapassa os 20% ao ano.
- Falta de dólares e queda brusca nas exportações — principalmente de gás — reduziram drasticamente as reservas internacionais.
- Escassez de combustíveis e filas para abastecimento tornaram-se frequentes.
Rodrigo Paz afirmou que o país “herda uma economia quebrada”, com necessidade urgente de ajustes. Ele destacou que as famílias bolivianas vêm enfrentando aumento do custo de vida e menor poder de compra.
Os principais desafios
- Controle da inflação: revertê-la e estabilizar preços básicos serão tarefas centrais.
- Reestruturação fiscal: o governo anterior manteve políticas de subsídios e controles que, segundo analistas, agravaram o desequilíbrio.
- Atração de investimentos: Paz sinalizou que pretende aproximar a Bolívia de organismos internacionais e de mercado, além de priorizar parcerias externas para recuperar o país.
- Reconstrução institucional: além da economia, Paz afirmou que fará reformas no sistema de governança e justiça, para recuperar a confiança da população.
Expectativas e riscos
A posse de Paz abre uma nova era — muitos veem nela uma chance de mudança real. Mas o cenário é repleto de incertezas: sem maioria parlamentar, sem rota clara e com forte pressão social, o novo governo terá que agir com rapidez e equilíbrio para evitar instabilidade.
Se bem-sucedido, o mandato poderá marcar a transição da Bolívia de um modelo de forte presença estatal para uma abordagem mais equilibrada entre Estado e mercado. Caso contrário, o risco de agravamento da crise ou da reação social permanece elevado.

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