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Lula pode recuar em regulação de big techs para destravar negociação com Trump


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia uma mudança estratégica em sua relação com o governo dos EUA. Fontes diplomáticas indicam que ele está disposto a recuar na proposta de regulação das grandes plataformas digitais — o que pode funcionar como gesto político para destravar o diálogo com Donald Trump.
Segundo a coluna de análise do portal Metrópoles, o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial Celso Amorim sugeriram que Lula considere engavetar ou até mesmo descartar o projeto de lei que regula o funcionamento das big techs. 
A movimentação, afirmam os assessores presidenciais, serve de “moeda de boa vontade” junto aos EUA — abrindo caminho para eventuais reduções de tarifas sobre produtos brasileiros exportados para Washington.
Oficialmente, o governo deixa claro que a mudança não representa uma derrota: o argumento é que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o artigo 21 do Marco Civil da Internet já cobre parte do terreno previsto pela regulação. Assim, Lula poderia arquivar o projeto sem admitir que recuou.
O encontro entre Lula e Trump ainda não tem data marcada, mas está sendo tratado como prioridade. Para os EUA, o tema da regulação digital e liberdade de expressão ganhou atenção especial no atual ciclo de negociações.
Adicionalmente, a pauta tecnológica se entrelaça com os interesses comerciais e geopolíticos: o Brasil também avalia cooperação restrita com a China no setor de terras raras, ao mesmo tempo em que sinaliza manter boas relações com os EUA. Isso reforça a estratégia de posicionamento do país como “parceiro de ambos, não satélite de nenhum”.
Enquanto o Brasil estuda o recuo na regulação das plataformas digitais, o cenário no exterior observa atentamente — e pode haver consequências diretas nas exportações, tarifas e acordos bilaterais. Em essência: Lula está disposto a ceder em um ponto simbólico para ganhar terreno em uma disputa maior.

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