O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que terá 120 dias para investigar a expansão de facções criminosas, milícias e sua infiltração em estruturas do Estado. A comissão foi criada após a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha, reacendendo o debate sobre segurança pública no país.
A presidência da CPI ficará com um senador do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto a relatoria foi entregue a um parlamentar do MDB. O colegiado reúne nomes de peso de diferentes espectros políticos, como Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato; e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Composição da CPI
Entre os 11 membros titulares estão:
- Alessandro Vieira (MDB-SE) – autor do pedido e relator;
- Rogério Carvalho (PT-SE) – eleito presidente da CPI;
- Fabiano Contarato (PT-ES) – ex-delegado e senador desde 2018;
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Sergio Moro (União Brasil-PR);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
- Magno Malta (PL-ES);
- Marcos do Val (Podemos-ES);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Angelo Coronel (PSD-BA);
- Jorge Kajuru (PSB-GO).
🔎 O que a CPI vai investigar?
A CPI terá como foco:
- O fortalecimento do PCC, Comando Vermelho e milícias em diversos estados;
- A atuação de facções dentro e fora dos presídios;
- Possíveis conexões entre o crime organizado, agentes públicos e financiamento político;
- O uso de armas de guerra, lavagem de dinheiro e expansão internacional das facções.
🟥 Petistas no comando – e sob pressão
Dois senadores do PT são titulares: Fabiano Contarato (PT-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE). Contarato é ex-delegado e conhecido por posições independentes — foi o único senador do PT a votar contra Lula ao defender o fim das “saidinhas” de presos.
A presença do PT à frente da CPI tem gerado questionamentos, especialmente em meio a críticas ao governo federal por suposta resposta “branda” ao crime organizado.

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