Em Washington, nesta quinta-feira (13), ocorreu a terceira reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, na tentativa de destravar o imposto de 50 % que os EUA impuseram aos produtos brasileiros. Mesmo com tom cordial, o encontro terminou sem definição: os Estados Unidos não apresentaram nenhuma medida concreta para flexibilizar ou reduzir a sobretaxa.
O contexto da tarifa
A sobretaxa de 50 % sobre uma série de produtos brasileiros decorre de uma política protecionista dos EUA, sob a administração de Donald Trump, que vincula essa ação à situação política brasileira.
Em outubro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e Trump concordaram em retomar negociações econômicas, mas até agora o resultado segue vago.
O que ficou para trás
- A reunião durou cerca de 10 minutos em formato bilateral e mais de uma hora em sessão ampliada, mas não houve anúncio ou cronograma para ações sobre a tarifa.
- Os diplomatas brasileiros esperavam uma lista preliminar de produtos isentos, especialmente em setores agrícolas como café e bananas, mas isso não se concretizou.
- Autoridades americanas mantêm que concessões só serão feitas se o Brasil oferecer “contrapartidas claras”.
Impactos e riscos
- Exportadores brasileiros continuam sob limbo: sem perspectiva de redução das tarifas, sofrem com incertezas.
- A diplomacia brasileira entra no radar de críticas: a ausência de avanço gera desgaste político ao governo federal.
- A confiança em negociações bilaterais fica abalada, e a possibilidade de retaliações mútuas aumenta no horizonte internacional.
O que observar
- A próxima reunião presidencial entre Lula e Trump pode ser o próximo gatilho para definir o rumo das relações comerciais.
- A ativação da chamada “Lei da Reciprocidade” brasileira pode indicar a resposta de Brasília à estagnação das negociações.
- Setores exportadores afetados ficarão de olho em datas-chave: divulgação de listas, renegociação ou abertura de novas frentes de diálogo.

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