Moraes autoriza visita de todos os filhos a Bolsonaro no hospital, mas mantém proibição de celulares
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o período de internação hospitalar, quando ele se prepara para passar por uma cirurgia no dia de Natal. A decisão atende a um pedido feito pela defesa de Bolsonaro.
Inicialmente, os advogados solicitaram a liberação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do vereador Carlos Bolsonaro como acompanhantes secundários, mas o pedido foi negado. Posteriormente, a defesa requereu autorização para visitas, o que levou Moraes a estender a liberação também a Jair Renan e Laura, os outros dois filhos do ex-presidente.
Na decisão, o ministro esclareceu que a autorização é válida “durante o período em que o custodiado estiver internado”, desde que sejam respeitadas as regras gerais estabelecidas pelo hospital DF Star para todos os pacientes. Moraes reforçou ainda que seguem em vigor as determinações anteriores, incluindo a proibição do ingresso no quarto hospitalar com celulares, computadores ou qualquer outro dispositivo eletrônico, além da exigência de autorização prévia do STF para demais visitas.
Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (24) e aguarda a realização de uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral, procedimento previsto para esta quinta-feira (25). A estimativa é de que a operação dure cerca de quatro horas. Segundo informações médicas, a condição provoca dor, inchaço e desconforto, especialmente durante movimentos, sendo tratada apenas por meio de intervenção cirúrgica.
A esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, já havia recebido autorização para acompanhá-lo durante todo o período de internação. Enquanto estiver no hospital, Bolsonaro permanecerá sob vigilância da Polícia Federal, em um ambiente com restrições ao uso de aparelhos eletrônicos.
Preso desde 22 de novembro, Bolsonaro cumpre pena em uma cela da Polícia Federal após condenação a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Esta será a oitava cirurgia do ex-presidente desde o atentado a faca sofrido em 2018, episódio que deixou sequelas e motivou diversas intervenções médicas ao longo dos últimos anos.

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