Banner Acima Menu INTERNAS

.

Pressão de Michelle desmonta articulação e PL enterra de vez aproximação com Ciro Gomes

 
A tentativa do PL de costurar uma aliança improvável com Ciro Gomes — um dos maiores adversários históricos do bolsonarismo — durou pouco. A operação, conduzida por lideranças do partido no Ceará, ruiu imediatamente após a reação dura de Michelle Bolsonaro. Ao tornar pública sua indignação, a ex-primeira-dama mobilizou a base conservadora e forçou o recuo da cúpula partidária.
O resultado foi definitivo: Ciro Gomes está oficialmente fora de qualquer plano do PL no Ceará.
A repercussão foi imediata. Em poucos minutos, conservadores de todo o país transformaram a pauta em crise interna, questionando como o partido poderia sequer cogitar apoiar um nome que passou décadas atacando a direita, o PL e o próprio Jair Bolsonaro. Michelle apenas vocalizou o que a base já estava dizendo: a aliança era politicamente absurda.
A pressão expôs fissuras e levou o PL a agir rápido para conter danos. Flávio Bolsonaro, central na articulação nacional, reconheceu o erro político, pediu desculpas a Michelle e frisou que nenhuma decisão sobre palanques será tomada sem sintonia com Jair Bolsonaro — e, cada vez mais, com o aval direto da ex-primeira-dama.
A mensagem ficou cristalina: Michelle tornou-se um dos vetores centrais do bolsonarismo. Nada que vá contra sua percepção sobrevive dentro do PL.
Coube ao deputado André Fernandes enterrar oficialmente a aproximação com Ciro. Ele destacou que o foco permanece o mesmo: montar uma frente conservadora capaz de derrotar o PT no Ceará — mas agora com um nome alinhado aos princípios do partido e do elektorado bolsonarista.
O episódio revela dois movimentos importantes:
  •  1. Michelle Bolsonaro reafirma sua ascendência no PL
Sua voz segue sendo um termômetro da base e um fator de veto sobre decisões estratégicas. Ela não apenas influencia — ela define limites.
  • 2. O PL recuou rápido para não romper com sua identidade
A sigla entendeu que bancar Ciro Gomes custaria caro eleitoralmente, abrindo uma crise profunda num momento em que a direita busca consolidar unidade para 2026.
Ao final, o episódio serviu para reposicionar o partido em seu eixo natural: não há espaço para alianças que contradigam o projeto político do bolsonarismo. E, mesmo preso, Jair Bolsonaro continua sendo a palavra final — com Michelle, cada vez mais, ditando o compasso da dança.

Postar um comentário

0 Comentários