Uma
mobilização de praças reuniu em um mesmo time deputados
governistas e de oposição no auditório da Câmara Legislativa e em
seguida nas ruas de Brasília. Em pauta, a rejeição do acordo
firmado com o Executivo na semana passada, que levou a melhorias em
benefícios e no rendimento do policiais. O protesto incluiu ainda
uma marcha pelo Eixo Monumental. O GDF disse desconhecer o movimento,
considerado de motivação eleitoral.
Apesar
do acordo firmado na última terça-feira com o governo local, no
qual ficaram definidos os reajustes nos auxílios moradia e
alimentação, deputados se aproveitam da insatisfação dos
militares para se promover em ano eleitoral. Patrício (PT), ex-cabo
da PM (leia Perfil); Aylton Gomes (PR), sargento do Corpo de
Bombeiros; e Olair Francisco (PTdoB) — todos da base aliada — se
juntaram às oposicionistas Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz
(PRTB) e Celina Leão (PDT).
Esse
grupo, ao qual se incluiu o ex-militar e delegado aposentado Dr
Michel (PP), participou da passeata na área central de Brasília. Ao
lado de cerca de 2 mil militares, os distritais carregaram faixas e
gritaram palavras de ordem. Mas a voz mais ouvida durante a maior
parte da passeata foi a do cantor Zé Ramalho. Em um carro de som,
foi reproduzida a versão dele para a canção de Geraldo Vandré Pra
não dizer que não falei das flores. A música virou hino contra a
ditadura militar. Em um dos trechos, canta-se: “Somos todos
soldados, armados ou não”.
Três
das cinco faixas de uma das principais vias de Brasília foram
reservadas para a passeata do grupo, que durou quase três horas, das
11h às 13h45. O trânsito ficou tumultuado na região central.
Enquanto os colegas em trajes civis protestavam, policiais militares
de serviço apenas vigiavam o trajeto. A marcha terminou em frente ao
Palácio do Planalto.
FONTE: Correio Braziliense
FONTE: Correio Braziliense
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