Estamos passando por dias negros
na Segurança Pública do DF e do Goiás. Nos últimos meses tivemos
diversos casos de policiais civis, militares, agentes penitenciários
e até bombeiros assassinados. A farda sempre representou respeito,
honra e fascínio entre muitos que almejam a carreira na segurança
pública. Mas tudo isso pode estar com os dias contados, já que a
atividade ligada a segurança pública vem sendo alvo de ataques dos
bandidos e a profissão está entre as mais estressantes e perigosas.
Como se não bastasse a
depreciação da “mídia negra” à atividade policial, a falta de
valorização dos governos, os baixos salários, a “policiofobia”
e a falta de recursos, já tem sido comum em vários estados da
federação conviver com histórias de morte entre os colegas de
farda.
Que país é este que estamos
vivendo em que a profissão de comediante, jogador de futebol e
cantor sertanejo, nada contra, tem mais honra e reconhecimento que as
sofridas carreiras de policial e bombeiro? É preciso uma análise
profunda para saber com exatidão porque pessoas que fazem um
juramento de entregar suas vidas para salvar desconhecidos não tem
tido o devido reconhecimento. O que será que está acontecendo?
Além da crescente violência
estamos vivenciando uma depreciação do uso legítimo da força como
forma de fazer valer a lei. O governo federal, liderado pelo PT
(Partido dos Trabalhadores), tem nas mãos números alarmantes que
colocam o Brasil como país com maior número de morte de policiais
do mundo. Os salários são péssimos. Um projeto de lei que
apresenta um alinhamento do salário base para as categorias, a PEC
300, não sai do papel. As condições de trabalho são deploráveis
na maioria dos casos, com falta de EPIs, armamento ultrapassado,
velhos e defeituosos, viaturas quebradas, etc.
Enfim, se fossemos listar os
problemas que estes heróis tem enfrentado e ainda assim diariamente
arriscam suas vidas, faltaria espaço e tempo para tanto. Depressão,
suicídio, problemas familiares e diversos outros problemas fazem
parte desse universo e não serão abordados agora.
Apesar de toda dificuldade e
perigo a maioria tem um orgulho e satisfação pela profissão. Há
uma desmotivação crescente, o que não deve ser confundido com o
prazer de vestir o uniforme e ser rotulado como “puliça” ou
“bomba”. Imagine um craque de futebol que mesmo jogando na
seleção brasileira não recebe seu salário há meses. Ele fala de
boca cheia do orgulho que é vestir a amarelinha, mas se indigna com
a inadimplência salarial. Talvez essa seja uma forma de exemplificar
esse contraste entre o amor pela profissão e a desmotivação atual.
Com toda essa insegurança vivida
pelos agentes de segurança pública, começou uma mobilização afim
de alertar aos governantes, formadores de opinião e a própria
população sobre tudo isso e também uma homenagem aos heróis que
perderam suas vidas. Uma caminhada foi marcada para o dia 25 de
fevereiro com a presença de profissionais das polícias civil e
militar, rodoviária e federal, agentes penitenciários e bombeiros.
Algumas associações e sites ligados a estas categorias também
estarão se empenhando na divulgação e na organização do evento,
entre eles o nosso portal Somos Heróis.
Apesar dos preparativos e
material de divulgação ainda estar sendo preparado, estamos
antecipando a divulgação e o convite a todos que queiram participar
se mobilizem para juntos mostrarmos que estamos acordados e
precisamos urgentemente de mudanças na legislação com
encaminhamento do PLS 315/2014 e PL 141/2015, ambas aumentam o rigor
na dosimetria penal de crimes cometidos contra juízes, membros do MP
ou servidor de segurança pública, em razão da função.
No decorrer dos dias divulgaremos
notícias concernentes ao evento.
Fonte: Somos Heróis.
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