O governador Rodrigo
Rollemberg, acuado e sem saída por pressões da PCDF em relação aos reajustes
salariais concedidos aos policiais federais, acabou por apresentar uma proposta
aos policiais civis deixando de lado os policiais e bombeiros militares do DF,
pagos com os mesmos recursos do governo federal, oriundos do FUNDO
CONSTITUCIONAL DO DF.
A proposta consiste em
7%, em dezembro de 2017, 10%, em dezembro de 2018, e 10% em dezembro de 2019.
Mesmo não aceitando em primeiro momento, avaliamos que na atual conjuntura não
resta a menor dúvida de que a probabilidade dos policiais civis aceitarem a proposta
é muito grande. Na linguagem popular, “é pegar ou largar”, a não ser que o que
a PCDF tenha na manga um poder de barganha muito maior do que o imaginado. Uma
contra proposta deverá ser apresentada.
Segundo fontes ligadas
ao blog, tão logo as tratativas com a polícia civil foram encerradas, uma
reunião com o comando das corporações militares foi agendada. O que foi tratado
ainda não é de nosso conhecimento, mas não pense o governo que umas míseras
promoções e uma redução de interstício acalmará os ânimos nas casernas. A PMDF
e o CBMDF querem e exigem, no mínimo, tratamento igualitário.
O que não dá pra
entender é como um governador de Estado seja capaz de discriminar instituições
que buscam o mesmo ideal quando o assunto é relacionado à segurança pública e
bem estar da população de seu Estado. As reclamações acerca dos aumentos de
criminalidade estão no dia-a-dia das grandes mídias e é sabido que quem carrega
o piano nas costas são os policiais militares e bombeiros que estão 24 horas no
ar.
O clima pesou dentro
das casernas e não há uma viva alma que concorde com a postura do governo. “Se
a proposta de Rollemberg for aceita pela Polícia Civil, ele deverá propor aos
militares algo, no mínimo, igual ao apresentado aos policiais civis”, disse
um policial ouvido pelo blog. Na tabela abaixo dá para avaliar a diferença.
Isso é Justo?
A cada dia Rollemberg
se enfia em buracos que não será capaz de sair de forma alguma. Discriminar as
instituições que exercem um papel fundamental na estabilidade da capital
federal é um erro que lhe custará caro no futuro. A segurança pública está
passando por um momento dificílimo e se nada for feito Brasília pode atingir o
caos na área. Crimes aumentando, inversão de valores, justiça protegendo o
bandido em detrimento da própria justiça, enfim. Não há horizonte.
A aprovação do PLC
257/2016 só vai agravar mais ainda a situação. Não há o que se enganar em
relação aos policiais militares de todo Brasil. O novo texto encaminhado pelo
Ministério da Fazenda em nada beneficia as categorias, pelo contrário, retira e
joga na vala comum todos os servidores. Em outras palavras, estamos ferrados.
Por não serem
sindicalizados, não poderem fazer greve, sujeitos a códigos e regulamentos
arcaicos e por estarem sob os olhos de um Ministério Público que dá mais vazão
às proteções a vagabundos do que aos agentes da lei, as corporações estão refém
de políticas de governos e não de Estados.
Não podemos prever o
que acontecerá daqui para frente, mas uma coisa é certa: Se Rollemberg discriminar
as instituições irá amargar um peso enorme às costas que talvez o leve à
bancarrota. E no momento decisivo em que o país clama por mudanças, nada melhor
do que usar essas mudanças para melhor.
É esperar para ver!
Por Poliglota
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