Falta
mais de R$ 1 bilhão para o GDF fechar as contas de 2016. O
preocupante deficit foi anunciado pelo chefe da Casa Civil, Sérgio
Sampaio. Justamente pelo argumento de falta de recursos, o governo
enfrenta três grandes greves, mobilizadas por servidores da Polícia
Civil, Metrô e Caesb. Em outubro, 32 categorias aguardam um reajuste
coletivo prometido no final de 2015. Neste cenário, o Palácio do
Buriti mantém a promessa. Mas, pela primeira vez, cogita propor o
parcelamento da recomposição.
“Na
semana passada, ficamos aqui até 2h da manhã vendo todas as fontes
possíveis e imagináveis que a gente vai poder levantar de recursos.
Porque a nossa ideia é honrar aquilo que foi prometido às 32
categorias no ano passado. Já que postergamos um ano, faremos de
tudo”,
declarou Sampaio. Se até outubro o Buriti não equacionar o caixa
para arcar com os aumentos, o chefe da Casa Civil já ensaia uma
proposta de emergência para os trabalhadores, dividindo os
reajustes.
“Nós
vamos conceder os reajustes, mas não garantimos o pagamento sem
parcelamento. Pode ser que a gente chegue a uma situação como essa
se não conseguir novas fontes. Mas nós vamos ser absolutamente
francos e sinceros quando chegar o mês de outubro e tivermos que nos
posicionar a respeito”, afirmou Sampaio. A situação é tensa,
pois lideranças das categorias já anunciaram que, a princípio, não
aceitarão qualquer tipo de atraso.
Além
do impasse com as categorias, o GDF enfrenta dificuldades para fechar
o orçamento em áreas importantes do serviço público, a exemplo da
Saúde. O próprio governador pediu ajuda para Câmara Legislativa em
busca de mais dinheiro para a rede pública. Nesse sentido, os
deputados distritais avaliam a possibilidade de destinar emendas para
a manutenção de hospitais e compra de medicamentos e insumos.
“Nós
temos hoje a necessidade de pouco mais de R$ 1 bilhão para fechar o
ano. Isso sem a concessão de nenhum reajuste. Para fecharmos,
precisamos do orçamentário e, principalmente, do financeiro”,
comentou. Sampaio voltou a repetir o mantra da gestão Rollemberg: “O
DF chegou a uma condição de gastar muito mais do que ganha. Estamos
falando de orçamento de R$ 32 bilhões que consome R$ 26 bilhões
somente com salários. Quando agrega outras despesas como mobilidade,
subsídios, a gente pula para R$ 27,5 bilhões. Sobram R$ 4,5 bilhões
para fazer toda manutenção da cidade”, argumentou.
O
governo ainda tem sobre os ombros uma dívida de R$ 3 bilhões com
fornecedores herdada da gestão anterior, de Agnelo Queiroz. Estes
débitos têm prejudicado de sobremaneira a agenda. Além de
protestar, credores criam dificuldades para a realização de novos
contratos e serviços junto ao Buriti.
Fonte:Jornal
de Brasília
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.