Da Redação Radar
Ministério
Público de Contas do Distrito Federal está de olho na farra da
publicidade comandada pela secretária de Publicidade do Governo de
Brasília, Thiara Zavaglia, que usa o órgão com o aval do
governador Rodrigo Rollemberg para alimentar uma rede de veículos de
comunicação pró-governo, cuja missão é publicar matérias
positivas do GDF e se calar sobre qualquer assunto que envolva atos
de corrupção e malfeitos do governo de Brasília.
Uma
pedra de gelo, por exemplo, foi colocado no rumoroso caso de
corrupção com o dinheiro da saúde que fez com que a Operação
Drácon levasse computadores do Buriti em um caso que teriam arquivos
nada republicanos que envolveriam diretamente o governador, conforme
denúncia feita pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, na
CPI da Saúde da Câmara legislativa.
Nos
últimos 90 dias, o governo de Brasília irrigou os cofres de
emissoras de rádios, TVs, jornais e alguns blogs com R$
33.266.252,55. Somados com os pagamentos efetivados no primeiro
trimestre desse ano, a Secretaria de Publicidade já comeu quase 50%
dos 99 milhões de reais, licitado para publicidades do Governo de
Brasília.
A
farra é grande e não tem critério e nem transparência, segundo
apura o Ministério Público de Contas do Distrito Federal que abriu
processo de investigação. Só com a CBN (a rádio que “repete
noticia”), que tem apenas 0.7% de audiência e que se encontra na
décima primeira posição atrás da Rádio Verde Oliva, o governo
pagou quase meio milhão de reais, ou seja, R$ 498 mil.
A
contrapartida dada pela emissora ligada a Globo é a de massificar a
campanha difamatória da presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, que
chama moradores de condomínios do Distrito Federal de “bandidos,
grileiros e invasores”.
Os
valores recebidos por veículo de comunicação do DF estão
detalhados no quadro feito pela Assessoria de Acompanhamento de
Contratos da Secretaria de Publicidade do Governo de Brasília
referente relação de gastos e saldos, por totais, relativos ao 2º
trimestre de 2016. VEJA
AQUI.
Em
uma reunião com blogueiros, que estão fora da lista do "bolsa
imprensa" do Governo de Brasília, o governador Rodrigo
Rollemberg fez questão, pela primeira vez fazer uma aproximação.
No entanto foi logo repetindo a mesma cantilena de sempre: a história
da herança maldita deixada por seu antecessor Agnelo Queiroz e que
precisaria contar com a ajuda da mídia digital.
Ele
se omitiu em responder sobre a dinheirama gasta com a propaganda
enganosa do governo. Sem responder perguntas gastou o tempo falando
positivamente de um governo que nunca existiu.
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