Mudanças
devem ocorrer na Segurança, Sedestmidh e Detran. Executivo aguarda
somente as eleições para presidência da CLDF
O
Governo do Distrito Federal (GDF) passará por uma nova
reestruturação nos quadros do alto escalão. Desta vez, a motivação
não é financeira. A troca será por insatisfação ou
reconhecimento de escolhas erradas. As mudanças já estão sendo
negociadas nos bastidores, mas só devem se concretizar após a
eleição da Mesa Diretora da Câmara, prevista para 15 de dezembro.
Na
lista, podem entrar as secretarias de Segurança Pública e Paz
Social; de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh); além de mudanças no comando
do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF).
Pessoas
próximas a Rollemberg não escondem a insatisfação do chefe
do Executivo com a líder da pasta de Segurança, Márcia de Alencar.
A situação veio à tona quando o socialista admitiu ter sondado
o ex-secretário
de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame,
em 25 de outubro.
Em
meio a uma crise no setor, com a Operação Legalidade da Polícia
Civil decretada desde 4 de julho, o maior problema do governador é
escolher um nome que seja unanimidade entre as forças policiais.
Beltrame recusou o convite de Rollemberg.
Retaliação
O
chefe do Detran, Jayme Amorim de Souza, também deve ser trocado. Ele
teria sido indicado pela deputada Celina Leão (PPS), que faz
oposição declarada ao governo e está afastada da presidência da
Câmara Legislativa pela Operação Drácon, que investiga suposto
esquema de corrupção na Casa. A
distrital assegura que não tem indicação no governo e
tampouco ingerência sobre o órgão.
A
Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), por sua vez, deve ser
desmembrada. O PSB, partido do governador, tem feito pressão para
que a área de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos saia da
supersecretaria e seja comandada por alguém da legenda.
Há
ainda quem ateste o arrependimento de Rollemberg em ter unido as
pastas durante a reestruturação de
outubro de 2015, quando
fez a fusão de diversas secretarias para reduzir os quadros do GDF e
economizar. Ao todo, foram extintas sete secretarias.
Desde
agosto, Antônio Gutemberg Gomes de Souza chefia a superpasta.
Ele entrou no lugar do distrital Joe Valle (PDT), que voltou para a
Câmara Legislativa e disputa em dezembro o cargo de presidente.
O
governador deve ainda perder o seu chefe de gabinete nos próximos
dias. O atual ocupante do cargo e ex-secretário da Mobilidade do
Distrito Federal, Carlos
Tomé pretende voltar
ao Senado Federal, onde trabalhava antes de vir para o GDF.
Tomé ficou seis meses na função e aguarda apenas que o
chefe do Executivo escolha um novo nome para sair. Assim que isso
acontecer, Rollemberg vai nomear o quarto chefe de gabinete em dois
anos de gestão.
Fonte:
Metropoles.com
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