A
primeira semana epidemiológica de 2017 registra 35* casos de dengue
entre moradores do Distrito Federal, menor número desde 2013 (veja
lista abaixo). Em comparação com a quantidade do ano passado –
488 –, a redução é de 92,8%. A baixa incidência se dá após o
governo de Brasília atuar
de forma integrada no combate ao Aedes
aegypti de
maneira constante desde outubro.
“O
ano de 2016 teve uma incidência muito alta de dengue”, recorda
Denílson Magalhães, assessor de Mobilização Institucional e
Social para Prevenção de Endemias da Subsecretaria de Vigilância
em Saúde, da Secretaria
de Saúde.
“Trabalhamos com a mobilização da população, com ações de
manejo ambiental e de eliminação de focos do mosquito, e isso teve
impacto na redução dos casos da doença.”
Uma
das três frentes de ação consiste em alertar a comunidade. As
outras são de combate direto ao mosquito e de manejo ambiental. A
equipe de inspeção de imóveis é formada por 30 homens do Corpo
de Bombeiros Militar do DF.
A
de agentes comunitários, que interagem diretamente com a população,
com aproximadamente mil servidores, foi constituída neste mês de
janeiro, quando um grupo das Forças Armadas se incorporou ao
esforço.
Para
fazer o manejo ambiental, as administrações regionais seguirão
dando apoio para remover móveis e objetos que favoreçam a
infestação de mosquitos. Segundo Magalhães, há uma espécie de
“coleta seletiva” de entulho. “Não retiramos materiais como
restos de construção civil, nem podas de árvores, pois não
abrigam o mosquito. Concentramos os esforços, por exemplo, em
garrafas, vasos de plantas e vasos sanitários descartados”,
explica.
Risco
de proliferação do Aedes
aegypti e
o Cidades Limpas
Fundamental
para as ações, o Levantamento de Índices Rápidos do Aedes
aegypti(LIRAa)
é feito quatro vezes ao ano para determinar a taxa de proliferação
do mosquito nas regiões administrativas. Se o porcentual de imóveis
pesquisados com presença de larvas for abaixo de 1%, o nível de
perigo da área é verde.
Mas
se o porcentual for de 1 a 3,9%, já entra no nível amarelo de
alerta. “Com 4% ou mais, a região está no nível vermelho, de
surto, e os esforços nela são mais concentrados”, alerta
Magalhães. Áreas em nível vermelho recebem também o fumacê,
veículo que passa nas ruas pulverizando produto químico para matar
os focos do mosquito. A
última publicação do LIRAa foi em outubro de 2016,
e a próxima será ainda neste mês.
Uma sala
de situação,
com equipe de especialistas, monitora a evolução dos casos das
doenças transmitidas pelo Aedes
aegypti e
os dados de infestação do mosquito. Uma vez por semana, os técnicos
fazem uma reunião com as forças-tarefa para avaliar a situação da
cidade e decidir como as ações serão desenvolvidas.
Em
Brazlândia, o lançamento do programa Cidades Limpas tem como
prioridade o combate ao Aedes
aegypti.
Trata-se da região administrativa com maior incidência da doença
em 2016, com quase 3 mil pessoas com dengue a cada 100 mil
habitantes, além de um índice de 4,4% de imóveis com presença de
larvas. Em 2017, o número de casos é zero.
Balanço
das doenças causadas pelo mosquito em 2016 e 2017
Em
2016, o DF
teve 17.867 casos de residentes com confirmação de dengue.
Desses, 56% concentraram-se nas regiões de Brazlândia, Ceilândia,
Planaltina, Samambaia, São Sebastião e Taguatinga. Os números são
do Boletim
Epidemiológico de Dengue, Chikungunya e Zika nº 1 deste
ano, o último relativo a 2016. O documento também relatou 177 casos
de zika vírus e 153 de febre chikungunya.
Na
primeira semana epidemiológica de 2017, foram apenas 35 de dengue.
Não foram registrados casos de febre chikungunya nem de zika vírus.
Casos
prováveis de dengue notificados na primeira semana epidemiológica
em moradores do Distrito Federal.
ANO
|
CASOS
|
2013
|
109
|
2014
|
110
|
2015
|
61
|
2016
|
488
|
2017
|
35*
|
*
Quantidade
sujeita a alteração
Fonte: Agência Brasília
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