Nos estados Unidos até o Presidente reconhece o trabalho policial |
Os
brasileiros acompanham com atenção os desdobramentos da crise
instalada na segurança pública do país, clamando por soluções
que restabeleçam a ordem. Seus reflexos são tamanhos que repercutem
em áreas aparentemente estanques, porém bastante interligadas, como
o sistema prisional e a soberania nacional. Assim, o país começa a
conhecer sua importância de sua polícia
Enquanto,
ao longo dos últimos anos, a mídia noticiava os covardes
assassinatos de policiais e pessoas inocentes, principalmente aquelas
moradoras de regiões pobres, muitos assistiam com passividade e
fingiam acreditar que tudo estava dentro da normalidade. Alguns, por
sórdidos interesses, pregavam até o fim da polícia. Nesse
contexto, uma violência epidêmica se explanava com certa facilidade
pelas grandes e pequenas cidades
Ressalto
que, quanto mais avançar, mais ficará difícil a implantação de
barreiras legais para conter a criminalidade. O quadro atual é de
enfermidade: polícia sucateada, justiça lenta, prisões
superlotadas, corrupção desenfreada, e um país com recursos
escassos que ainda gasta mal. Enfim, graves problemas que impõem uma
só diretriz: enfrentar com coragem. Não dá mais para fechar os
olhos e torcer por dias melhores
Na
magnífica obra de “O príncipe”, escrita em 1513, o italiano
Nicolau Maquiavel ditou algumas lições políticas sobre a
manutenção de um Estado, que se encaixam perfeitamente em tempos
modernos. Numa visão de proteção profetizou: “O sono do príncipe
depende do soldo do soldado”, e mais adiante doutrinou: “Quando
os homens não são forçados a lutar por necessidade, lutam por
ambição”.
Assim,
por mais que aja um fascínio e devoção pela atividade, sem o
regular pagamento de dignas remunerações e condições adequadas de
trabalho, não há discurso que consiga motivar o policial no fiel
desempenho de suas funções. Este raciocínio se amolda a qualquer
trabalhador, pois onde há intranquilidade e incerteza do provimento
do sustento de sua família, faz nascer um estresse incontrolável,
de perigosas consequências sociais.
Desde
já adianto, o país não precisa de planos mirabolantes na segurança
pública, gastança de dinheiro, e inchaço da máquina
administrativa. Que tal começar pelo simples?! Das crises poderão
vir as oportunidades, bastando aprender com lucidez. De certo é que
“se a tropa não aderir, general nenhum manda, e nação nenhuma
sobrevive”
Por:
Victor Poubel
Fonte:
Extra.globo.com
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