Para
a equipe do Grupamento de Aviação Operacional do Corpo de Bombeiros
Militar do
Distrito Federal, o
tempo é o maior desafio.
A depender da distância, o período desde o acionamento da equipe
até o início do socorro pode ser de apenas 5 minutos. A rapidez no
atendimento é determinante para que os socorristas consigam obter a
média de reversão
de 30% em casos de parada cardiorrespiratória.
Esse
número sobe para 50% quando a situação é de afogamento.
“A maior parte dos pacientes nesses casos é de jovens com boa
saúde”, explica o médico capitão Jordano
Pereira Araújo, que compõe uma das equipes do serviço aéreo.
De
acordo com ele, em outros lugares onde a estatística também é
computada, como nos Estados Unidos, a média fica em torno de 15% a
20%. A reversão de uma parada cardiorrespiratória significa fazer
com que o coração do paciente volte a bater e ele consiga respirar
novamente.
A
enfermeira Ana Cristina Guimarães, que também integra a equipe por
meio de uma parceria do Corpo de Bombeiros Militar com o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), explica que a situação se
trata do quadro clínico mais grave entre os chamados.
Para
ela, o suporte avançado hospitalar prestado pela aeronave é
determinante. Em uma ocorrência onde o helicóptero levaria 20
minutos para alcançar, uma ambulância poderia demorar, em um dia
sem trânsito, cerca de 40 minutos.
Também
há a facilidade de levar o paciente para o hospital
mais adequado para o atendimento,
e não necessariamente para o mais próximo da ocorrência. “O
helicóptero facilita a regulação. Se precisarem mudar o local para
onde levar a vítima no meio do caminho, conseguimos fazer isso
rapidamente, o que não ocorre com a ambulância”, detalha o
comandante do esquadrão, major Mark Kolmogoroff.
Grupamento
de Aviação Operacional
O
grupamento é dividido em dois esquadrões, um para os
helicópteros e outro para aviões. O primeiro tem duas aeronaves
destinadas a salvamento, e o segundo, três — dois para combate a
incêndios e um para transporte de vítimas de outras unidades da
Federação para Brasília.
“Temos
o privilégio de ter as aeronaves voltadas 100% para isso, já
configuradas para essa natureza”, destaca a enfermeira Ana
Cristina. Segundo ela, em outras partes do País, os helicópteros
costumam servir a mais de uma função, como policiamento e socorro.
As
equipes são formadas por médico, enfermeiro, piloto, copiloto e
tripulante operacional.
Os
helicópteros são equipados como uma unidade de terapia intensiva,
com monitor cardíaco, respirador e desfibrilador, por exemplo.
Produtividade
do Corpo de Bombeiros Militar
O
serviço aéreo existe desde 1996 e atende a média de 50 ocorrências
por mês. Em 2017, até junho, foram 254 socorros.
Os
dados integram o levantamento de produtividade da corporação, que
ainda envolve 5.740 atendimentos prestados por meio de programas
sociais, como o Bombeiro Mirim — que oferece atividades de
primeiros socorros, salvamento e combate e prevenção de incêndios
a crianças com idade de 7 a 14 anos. O número é maior que no mesmo
período do ano passado, quando foram feitas 4.099 capacitações.
O
Corpo de Bombeiros também conseguiu diminuir consideravelmente as
ocorrências de incêndio florestal no DF. Foram 401 registros, com
402,27 hectares de área queimada no primeiro semestre deste ano,
contra 1.662 ocorrências e 2.701,28 hectares de área queimada no
mesmo período do ano passado.
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