Em uma pesquisa para consumo
interno revela que a maioria absoluta dos fies das igrejas
evangélicas do DF não se sente representada pelos atuais deputados
do segmento com atuação na Câmara Legislativas e na Câmara
Federal. A onda de rejeição estimulou o surgimento de novos nomes
apoiados por pastores e obreiros que defendem mudanças em 2018
Por Toni Duarte
A pouco mais de um ano da
eleição, o segmento evangélico do DF não sabe mais se vai ou não
continuar votando nos mesmos políticos de sempre. A grande maioria
defende uma renovação radical tanto na Câmara Legislativa, em que
dos 24 deputados, sete foram eleitos em 2014 pelas igrejas
evangélicas, bem como na Câmara Federal aonde o deputado e
presidente da Assembleia de Deus de Taguatinga, Ronaldo Fonseca
(PROS), já anunciou a sua desistência de enfrentar a próxima
eleição para a renovação do mandato.
No mapa político dos que
descem de ladeira a baixo no conceito das Igrejas evangélicas estão
fatores que surpreendem: Em primeiro lugar, os políticos evangélicos
não são mais assim tão influentes junto aos fies cada vez mais
conectados com as redes sociais e que acabam se informando sobre o
que fazem e pensam seus deputados, bem como o envolvimento de alguns
deles em denúncias de corrupção e outras traquinagens.
Tem deputados evangélico
distrital, por exemplo, que defendem o casamento gay e a liberação
geral da maconhagem. Uma pesquisa interna revela que entre o povo
evangélico há um amplo consenso de mudança no quadro da
representação política no parlamento.
Os novos nomes que
surgem
A desconfiança em tronos
dos que possuem mandatos que findam em 2018 virou um sentimento tão
forte dentro do poderoso segmento evangélico do DF que estimulou
novos nomes capazes de substituir eleitoralmente os velhos.
Na dianteira das opções
reveladas por uma pesquisa interna desponta o nome do pastor,
jornalista e blogueiro veterano brasiliense, Donny Silva que é muito
conhecido no segmento evangélico e secular. Durante 20 anos Donny
foi intérprete de missionários norte-americanos no Brasil e
produziu nos anos 80, 90 e 2000, programas de tevê, jornal e revista
destinados ao público evangélico.
Ao Radar, Donny afirmou que
os evangélicos se sentem abandonados por aqueles que foram eleitos
na última eleição e que apenas cuidam dos seus interesses usando o
mandato que deveria ser usado para o interesse coletivo.
O jornalista blogueiro
conhece muito bem dos meandros políticos por ter sido assessor
especial do ex-governador Joaquim Roriz e por ter disputado a eleição
de 2002 como candidato a distrital obtendo 1.500 votos, mesmo sem o
apoio de seu partido, à época, o PP. Donyy é candidato a deputado
Distrital.
Alessandro Paiva é outro
nome que também ganha destaque no meio evangélico do DF e ganha
musculatura política fora do segmento pelo trabalho que desenvolve
como administrador regional do Lago Sul e interino do Jardim
Botânico.
O apóstolo da Igreja
Internacional da Reconciliação, braço do Movimento Nova Geração
que reúne jovens evangélicos, Paiva acredita que desta vez
representará os evangélicos e o povo do Distrito Federal na Câmara
Legislativa. Na eleição de 2014, ele disputou pelo PSB e obteve 6
mil votos. Na semana passada, Alessandro Paiva reuniu no Centro de
Convenções Ulisses Guimarães cerca de 20 mil jovens em três
dias.
Ezequias Pereira, apóstolo
na igreja Ministério Apostólico Vencedores, obteve 4.500 votos pelo
PSC em 2014. Durante 8 anos trabalhou com o então distrital Júnior
Brunelli. Ainda está sem partido.
Daniel de Castro, pastor e
advogado, teve mais de 9 mil votos em 2014 para distrital pelo PMDB.
Ele foi assessor especial do ex-governador Agnelo Queiroz (PT). É
pastor da Assembleia de Deus em Vicente Pires e braço direito do
Bispo Manoel Ferreira, presidente nacional da igreja. Ele preside o
PSC no DF. Será candidato a deputado distrital.
Iolando, pastor e servidor
público muito conhecido e respeitado em Brazlândia, teve mais de 6
mil votos em 2014 para distrital. Agora, tem o apoio do pastor
Orcival Xavier, presidente da igreja Assembleia de Deus de Brasília
(ADEB), que no passado elegeu e reelegeu Carlos Xavier, ex-deputado
distrital. Iolando será candidato a deputado distrital.
Pastor Egmar Tavares,
ex-presidente do PSC e ex-colaborador de Benedito Domingos, já
tentou se eleger em várias oportunidades, mas nunca conseguiu. Ele
também foi candidato a deputado federal mas não foi eleito. Ele
quer ser deputado distrital pela mesma igreja de Daniel de Castro, a
Assembleia de Deus de Madureira. Egmar está no PRB.
Roberta Monzini, pastora e coaching reconhecida pelo trabalho junto às mulheres (MCM – Mulheres que Cuidam de Mulheres), tem mais de 15 mil amigos no facebook. Ela tem o apoio do pastor JB Carvalho, presidente da igreja Comunidade das Nações. JB não apoiará mais Celina Leão, segundo informações. Ela está no PMDB.
Roberta Monzini, pastora e coaching reconhecida pelo trabalho junto às mulheres (MCM – Mulheres que Cuidam de Mulheres), tem mais de 15 mil amigos no facebook. Ela tem o apoio do pastor JB Carvalho, presidente da igreja Comunidade das Nações. JB não apoiará mais Celina Leão, segundo informações. Ela está no PMDB.
Fonte: Radar DF
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