O
governo autorizou nesta quinta-feira (10) o início das obras no
primeiro de quatro centros de triagem de resíduos sólidos de
responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). A estrutura com
2.739,26 metros quadrados de área construída ficará no P Sul, em
Ceilândia.
A
construção é um dos passos para que o governo desative o aterro
controlado do Jóquei, mais conhecido como Lixão da Estrutural.
“Isto é histórico. Meu sonho é que todo o processo de coleta e
tratamento de resíduos sólidos no DF seja feito por catadores, em
uma relação profissional, e não paternalista”, disse o
governador Rodrigo Rollemberg, que assinou a ordem de serviço nesta
manhã.
O
centro de triagem de Ceilândia, com capacidade para processar 20
toneladas de resíduos por turno (dia e noite), ficará dentro do
terreno da Usina de Tratamento Mecânico Biológico do SLU e estará
pronto em cinco meses. A área já foi demarcada e tem fácil acesso
para os catadores.
A
construção de uma estrutura havia sido iniciada no local, mas foi
interrompida na gestão passada, em 2014, por problemas com a empresa
contratada à época. O novo projeto incorpora parte do que restou da
antiga obra.
A
estrutura contará com refeitório, vestiário e escritório para
cada uma das cooperativas que forem atuar no local, além de cerca de
90 postos de trabalho. O projeto tem previsão orçamentária de R$
4.274.056,46.
“Esperamos
que com os centros de triagem os catadores possam ganhar mais e
trabalhar em condições muito melhores e com menos esforço”,
ressaltou a assessora especial da Diretoria do SLU, Andréa Portugal,
ao comparar o novo espaço à atual condição dos catadores no
aterro controlado.
Próximos
centros de triagem onde governo iniciará as obras
Além
do centro de triagem do P Sul, o SLU é responsável pela construção
de outra estrutura, na Asa Sul, e a ampliação e reforma de outras
duas, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e no Setor
Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA).
O
do SCIA deverá ser o próximo com ordem de serviço assinada. A área
que atualmente tem cerca de 1,5 mil metros quadrados de área
construída passará a ter 3,8 mil. A capacidade de produção
passará de 8 toneladas por período para 33 toneladas.
O
local comporta 40 trabalhadores, número que subirá para mais de
150. “Hoje eles trabalham no chão do galpão. Todo o fluxo será
modificado, com áreas separadas, bolsões realocados e esteiras
suspensas”, explicou Andréa Portugal.
O
governo alugou dois galpões para atender os catadores enquanto os
centros não ficam prontos. A medida tem o objetivo de ajudar o
Estado a cumprir a meta de fechar o aterro até outubro.
“É
uma satisfação enorme inaugurar o primeiro aterro sanitário no
Brasil que recebe apenas rejeitos, sem a presença de materiais
recicláveis”, comemorou a diretora-presidente do SLU, Kátia
Campos.
Inclusão
dos catadores de materiais recicláveis do DF
O
governador Rodrigo Rollemberg também assinou nesta manhã um decreto
que determina a compensação
financeira temporária de 1,2 mil catadores que
trabalharão nos galpões.
Eles
receberão ajuda financeira no valor de R$ 360,75. “Isso é para
que possamos fazer a transição para encerramento das atividades no
lixão e a utilização completa do aterro sanitário de forma
harmoniosa”, reforçou. Novecentos catadores já são beneficiados.
Os
avanços no descarte e no tratamento do lixo no Distrito Federal já
têm reconhecimento nacional e internacional. Segundo Rollemberg, o
governo foi convidado a dar uma palestra sobre o assunto na
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.
“Eles
consideram processo de fechamento do Lixão da Estrutural, de
abertura do Aterro Sanitário de Brasília e de inclusão dos
catadores de materiais recicláveis como o maior feito da engenharia
sanitária dos últimos anos”, comemorou.
Fonte: Agência Brasília
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