Os
usuários de álcool e dependentes químicos podem contar, no
Distrito Federal, com o apoio de sete unidades do Centro de Atenção
Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps-AD). O órgão, que funciona
em Santa Maria, Guará II, Sobradinho II, Itapoã, Ceilândia,
Rodoviária do Plano Piloto e Samambaia tem o objetivo de fazer o
acompanhamento clínico e apoiar na reinserção social dos usuários
por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis
e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
De
acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre
os países que mais consomem bebidas alcoólicas na América Latina.
De acordo com a OMS, mais de 3 milhões de pessoas morreram por
consequência da bebida em 2016. Daí a importância de conhecer os
impactos do álcool no organismo e evitar o aumento da estatística.
De acordo com informações do Levantamento Nacional de Álcool e
Drogas (Lenad), 16% da população brasileira consome álcool de
forma prejudicial. Para marcar o combate ao problema, o dia 18
de fevereiro foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao
Alcoolismo.
As
sete unidades do Caps-AD espalhadas pelo Distrito Federal são
especializadas no atendimento a pacientes usuários de álcool
dependentes químicos. A Secretaria de Saúde tem outras sete
unidades que combatem outros tipos de problema e conta com uma equipe
de 500 profissionais dedicados ao trabalho, entre médicos,
enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. No último ano, foram
atendidos 28.086 pacientes.
Tratamento
“As
pessoas têm que saber que existe tratamento para vários tipos de
problema. Estamos de portas abertas 24 horas por dia. As famílias
dos dependentes químicos precisam saber que estamos aqui para
ajudá-los. Muitas vezes, eles se veem sozinhos e sem perspectiva”,
afirma a enfermeira Bruna Barbosa, 30 anos, que há seis anos
trabalha no Caps-AD III, na Rodoviária do Plano Piloto.
Na
instituição, as pessoas podem contar com atendimento individual e
em grupo. Há uma preocupação em trabalhar com a família que
também sofre com a doença. “O papel do psicólogo no Caps-AD
engloba práticas como atendimento individual e em grupo, visita
domiciliar, atendimento à família, oficina e discussão de casos
visando atender o usuário do serviço de forma integral e junto com
uma equipe interdisciplinar voltada para ações que promovam,
protejam e recuperem a saúde dos que são atendidos”, explica a
psicóloga Cyntia Leal, que também atua no atendimento aos
dependentes químicos no Caps-AD III.
Luta
Histórias
de luta contra a dependência são comuns. Recaídas, perdas,
prejuízos à vida… mas olhar para o outro e entender um pouco mais
sobre a sua doença é fundamental para o tratamento da vítima de
alcoolismo. Um dos pacientes do Caps-AD, que prefere não se
identificar, lamenta por um dia ter permitido que o vício pela
bebida o afastasse do seu ciclo familiar. “A minha situação
é muito triste, tenho uma família, que é essencial na minha vida,
e precisar ficar longe deles me entristece. Não é fácil, eu fiz
muita coisa errada quando estava sob o efeito do álcool e, hoje,
pago pelas consequências. Agradeço a toda a equipe do Caps, pois
eles me acolheram e sempre que tenho recaídas me acolhem novamente”,
confessa.
Além
dos sete Caps AD existem outras sete unidades do Caps que atendem
outros transtornos. Se você precisa de ajuda, ou quer orientar
aqueles que necessitam basta clicar no link e encontrar o endereço
mais próximo: www.saude.df.gov.br/carta-de-servicos-caps/.
Fonte: Agência Brasília
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