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ASSIM COMO PMs E BMs, MAIS 32 CATEGORIAS PEDEM AUMENTO AO GDF


Categorias querem o mesmo percentual de reajuste salarial prometido aos policiais civis. Governador afirma que "não vai quebrar os cofres de Brasília"
Por Isa Stacciarini e Bruna Lima
Além dos policiais e bombeiros militares, 32 categorias de servidores do Governo do Distrito Federal reivindicam aumento nos salários. Muitas querem os mesmos 37% prometidos pelo Executivo aos policiais civis. Os funcionários se mobilizam para cobrar ainda o pagamento da terceira parcela do mais recente reajuste, que deveria ter sido quitada em 2015 (Leia Entenda o caso), além de recomposição de auxílio-alimentação, plano de saúde para todos os servidores e reestruturação de carreira.
Os servidores aguardam o agendamento de uma reunião com o governador Ibaneis Rocha (MDB) para a próxima semana. Na última terça-feira, líderes das entidades que representam os policiais e bombeiros militares saíram frustrados do Palácio do Buriti. Com Ibaneis ausente, o encontro não resultou em nenhuma medida concreta. Houve apenas a promessa das propostas colocadas à mesa serem avaliadas pelo Executivo, que pediu tempo para planejar e apresentar uma alternativa viável, sem falar em prazo.
Em Portugal, onde está em viagem a trabalho, Ibaneis Rocha garantiu que “não vai quebrar os cofres de Brasília” e disse ter recebido a categoria de professores, em outra oportunidade, com respeito e com responsabilidade. “Conheço o servidor, sei das dificuldades. No meu compromisso de campanha, disse que ia valorizar todos os servidores, mas começaria pela segurança, saúde e educação. Abri mesa de negociação com todas as categorias e vou fazer isso com muita responsabilidade”, garantiu, em entrevista ao Correio.
Por meio de nota, a Subsecretaria de Divulgação da Secretaria de Comunicação do GDF informou que não vai se pronunciar sobre negociações que ainda não foram iniciadas. “O GDF esclarece que está em negociações abertas com os bombeiros e policiais militares. Informa ainda que, nesta sexta-feira estarão disponíveis informações sobre reajuste salarial dos professores”, declarou.

Compromisso
Queremos saber se o governador vai realmente cumprir as promessas de campanha, além de abrir alguns canais de comunicação entre os sindicatos e o Executivo. Precisamos ter esse acesso para resolver as pautas em âmbito macro e, também, a prontidão em solucionar coisas pequenas e individualizadas”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta), Ibrahim Yusef.
Presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do DF (Sindser), André Luiz da Conceição reconhece que a gestão de Ibaneis Rocha ainda é recente, mas diz haver “demandas reprimidas”. “Quando o governador era candidato, assumiu o compromisso de valorizar os servidores públicos. Queremos que ele assuma esse compromisso com todas as categorias, independentemente do Fundo Constitucional, afirmou.
Paridade
O Executivo local prometeu pagar a paridade da Polícia Civil com a Polícia Federal em seis parcelas ao longo dos próximos três anos. De acordo com o projeto apresentado por Ibaneis Rocha, o reajuste será dado em duas parcelas anuais, em abril e setembro. A ideia é conceder 10% da equiparação em 2019; 13% em 2020; e o restante em 2021.
O valor previsto para o Fundo Constitucional em 2019 é de R$ 14,2 bilhões. A previsão é de que o dinheiro seja dividido em R$ 8 bilhões para a segurança pública, R$ 3,3 bilhões para a saúde e R$ 2,9 bilhões para a educação. Essa foi a divisão aprovada no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) em dezembro, antes do recesso do Legislativo.
De acordo com cálculos do secretário de Fazenda, André Clemente, haverá um impacto de R$ 96 milhões na folha de 2019 — mas poderá chegar a R$ 600 milhões no último ano. Mas o aumento não depende só da vontade de Ibaneis. Ele precisa ser submetido ao Governo Federal e ao Congresso Nacional por se tratar de recursos da União.
Serviços essenciais
O Fundo Constitucional (FCDF) foi instituído pela Lei Federal nº 10.633/02. A primeira vez que o GDF recebeu dinheiro repassado pela União foi em 2003. A  finalidade é prover os recursos necessários à organização e manutenção da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, além de prestar assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação.
Entenda o caso
Aumento parcelado
Servidores do GDF esperam desde setembro de 2015 para receber a terceira parcela do aumento salarial, prometida ainda na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT). Os trabalhadores incorporaram a primeira e a segunda prestações, em 2013 e 2014, respectivamente. Ao assumir o Palácio do Buriti, em janeiro de 2015, Rodrigo Rollemberg (PSB) suspendeu o repasse da última parcela, alegando que não havia recursos para honrar o compromisso. Desde então, os servidores nunca receberam o valor.
Profissões da saúde marcam assembleia
Profissionais de saúde marcaram a primeira assembleia da categoria para 4 de julho. Até lá, eles esperam o pagamento da Gratificação Técnico Administrativo (Gata). Presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues disse que Ibaneis Rocha prometeu incorporar o benefício, que varia de R$ 50 a R$ 220, no salário. “Teremos mobilizações para reivindicar o pagamento da Gata prometido para junho e faremos assembleia geral em 4 de julho. Até lá, saberemos se ele cumpriu ou não com o acordo. Ela equivale à terceira parcela de 2015”, ressaltou.
Fonte: Correio Braziliense

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