Somente no primeiro semestre
deste ano, cerca de 480 usuários foram atendidos na unidade
hospitalar, única a fornecer todo tipo de vacina.
Cidade que registra aumento da
procura como destino turístico, Brasília também investe no cidadão
que vai viajar. O Ambulatório do Viajante, serviço oferecido pela
rede pública de saúde local, funciona com exclusividade no Hospital
Regional da Asa Norte (Hran) para atender à demanda – que,
normalmente, aumenta nas férias escolares. Quem deseja fazer uma
viagem internacional e precisa ser vacinado pode contar com esse
serviço. Além de fornecer todo tipo de vacina, a unidade orienta as
pessoas que vão para regiões com incidência de doenças
infectocontagiosas.
“As orientações são no
sentido do que a pessoa vai fazer na viagem em termos de alimentação,
vacinação, e como se encontra o país para onde vai”, explica o
chefe do Núcleo Hospitalar Epidemiológico, Carlos Vaugrand,
responsável pelo Ambulatório do Viajante. “Quando perguntamos o
destino da pessoa, já a imunizamos e informamos como está a
situação por lá”.
Criado em outubro de 2010, o
espaço atende a uma média de quatro pessoas por dia. No primeiro
semestre deste ano, cerca de 480 usuários passaram pela unidade. Um
deles foi o pesquisador Erich Wolff, 29 anos, que precisa viajar à
Colômbia. No Hran, ele foi imunizado com a tríplice viral.
“Como precisava de um
atendimento voltado à malária, procurei o ambulatório”,
conta. “Fiquei sabendo do serviço no Hran em um posto de saúde. O
atendimento foi pontual e me informaram tudo sobre como está a
situação na Colômbia em relação a essa doença”.
Doenças transmissíveis
Atuando no Ambulatório do
Viajante, o médico epidemiologista Luiz Fernando Carvalho conversa
com os usuários sobre os riscos epidemiológicos do local de
destino. De acordo com ele, além dos viajantes que vão
para o exterior, os que buscam áreas remotas do Brasil também podem
ser atendidos na unidade.
“São pessoas que vão para a
área amazônica, territórios indígenas e fronteiras, mas,
normalmente, são os viajantes internacionais”, pontua. “O
objetivo principal é evitar que adoeçam e, consequentemente, que
introduzam doenças já controladas no país. O foco são as doenças
transmissíveis.” A maior procura atual tem sido pela prevenção
ao sarampo, que, nos últimos tempos, se tornou uma epidemia global,
presente até mesmo em países considerados desenvolvidos.
Nem todos precisam de
imunização. A necessidade depende de quais vacinas já foram
tomadas pelo paciente e do destino da viagem. Também são prescritas
medicações profiláticas, que atuam como medida preventiva de
enfermidades, para doenças como dengue e leishmaniose.
Antecedência
Os viajantes devem ser
atendidos com antecedência mínima de quatro semanas antes da
viagem. Isso porque o organismo precisa de um tempo para produzir
resposta imunológica para a maioria das vacinas.
Atualmente, a vacina que previne
contra febre amarela é a única obrigatória para entrar em países
da África, da América do Sul, do Caribe e de algumas regiões da
Ásia. Em tais destinos, é exigido o Certificado Internacional de
Vacinação e Profilaxia.
O documento é retirado nos
Centros de Orientação ao Viajante da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), mediante cartão que comprove a dose
contra a febre amarela e um documento de identidade oficial com foto.
SERVIÇO
Ambulatório do Viajante
/ Serviço gratuito
Local: Hospital Regional da Asa
Norte – Setor Médico-Hospitalar Norte, quadra 101
Horário: De segunda a
sexta-feira, das 7h às 11h; às terças e quintas-feiras, também
das 14h às 17h
Agendamento: telefones
2017-1900/7213/7214. Para atendimento presencial, é necessário
levar à consulta o cartão de vacina e um documento de identidade, a
fim de obter encaixe no atendimento. Mais informações no site da
Secretaria de Saúde: http://www.saude.df.gov.br
* Com
informações da Secretaria de Saúde
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