Por Carlos de Freitas
Cineasta tarja preta mentindo,
quarteto de figurantes do Chaves zombando de ministra e ritual Passa
Anel de gravidez marcaram as notícias sobre a nata da sociedade nos
últimos dias
O século XX consolidou a figura
do iletrado espiritual: aquele que perdeu o senso de transcendência,
do domínio linguístico e da sua capacidade de expressão e, como
efeito, se distanciou da Imago Dei. O século XXI consolida a figura
do sem-vergonha material: aquele que, rompido definitivamente com a
Imago Dei, perdeu o senso do ridículo e faz da sua condição
animalesca, de seus grunhidos, sua única forma de expressão.
O horror à realidade nua e crua
é implacável nesses sujeitos. Vindos de famílias economicamente
estáveis, julgam-se tão especiais que só captam da realidade
apenas o que sua lente deformada consegue delinear. O choque entre a
coisa em si e seus delírios insanos produz um tipo de ressentimento
que os afasta cada vez mais de gente de carne e osso e os aproxima de
uma idéia de perfeição da humanidade que, entre um jantar caro e
um antidepressivo, eles elaboraram.
Os conflitos se avolumam, já
que as imperfeições humanas e a vida vivida são empecilhos para a
chegada da paz universal – desde o pai empresário que paga todas
as contas até a sociedade capitalista responsável por todas as
comodidades que desfrutam. Incapazes de enxergar nuances, contemplam
em teorias prontas todas as respostas às suas insatisfações.
Os exemplos desse deslocamento
da realidade pura e simples da nossa elite são cada vez mais
visíveis.
Três cenas dessa cafonice
estupidamente radical da elite brasileira saltaram aos olhos nas
redes sociais nos últimos dias:
No primeiro, Petra Costa, a
cineasta mais monótona que a elite progressista inventou, resolveu
exibir todo seu charme de cartaz do Poupatempo e inventar sandices
sobre o Brasil, mentindo desfacetadamente, coisa que a esquerda faz
como ninguém, para gringo ver.
Só mesmo no megafingimento de Hollywood que herdeira de uma empresa duvidosa, envolvida em corrupção beirando os R$ 400 milhões, é tratada como ‘profissional do cinema’ para contar uma estorinha fajuta. Petra Costa não é uma cineasta, ela é uma militante com uma câmera na mão.— Claudia Wild (@Clauwild1) February 3, 2020
Candidata ao Oscar com seu
documentário de ficção, Petra, em entrevista a um canal americano,
liga Bolsonaro aos incêndios na Amazônia, ao aumento da morte de
bandidos no Rio (notícia boa, diga-se). Só faltou culpá-lo pela
uva passa no arroz e pela falha de San Andreas. Petra não conta que
sua família está até a última prega do fiofó envolvida com os
criminosos petistas. Seu documentário e sua entrevista fazem jus a
sua mitomania.
No segundo, temos um vídeo
circulando na Internet em que um bando de esquisitonas fantasiadas de
ripongas dos anos 70 fazem um Corre-Cotia em volta de uma grávida,
enquanto arruinam a música do Alceu Valença e o futuro do bebê. É
das coisas mais piegas já exibidas, desde que o João Kleber disse
sim a uma emissora de televisão.
Bom, esclareceram que o vídeo lá da grávida não é o parto. É um tal ritual de passagem prévio ao parto em si. Sigo achando a cena digna de um filme de terror mesmo. Felicidades e saúde pras mamães que gostam disso. 👍🏻— Yasha Gallazzi (@yashagallazzi) February 2, 2020
No terceiro, um quarteto – que
não serviria nem pra figurante de um programa do João Kleber –
resolveu fazer troça com o estupro sofrido pela ministra Damares
Alves. Com uma letra tão deslumbrante quanto uma freada brusca no
busão, os extravagantes “músicos” zombaram da campanha da
ministra e ainda usaram um momento traumático de sua história como
parte do chilique. Aliás, basta ver o vídeo para ter a certeza que
essa gente não damares faz um caralhão de tempo. O que o quarteto
faz com a boca não dá um pizzicato que Monsieur Pujol retinia pelas
pregas anais.
Aliás, seria bom que nossa alta
classe se rendesse aos seus anseios mais profundos de modernidade e
aceitasse a chegada dos anos 30, pelo menos. A rebeldia anos 20 do
nosso escol tagarelante já deu o que tinha que dar.
Fonte: Senso Incomum
Leia também: A FALSA NARRATIVA DE QUE A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ PASSANDO PANO PARA FLÁVIO
Fonte: Senso Incomum
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