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UM PARTIDO PARA CHAMAR DE SEU

 

Logo após as eleições das presidências da Câmara Federal e do Senado, Jair Bolsonaro vai definir algumas questões. Dedicado em janeiro às negociações parlamentares para comandar o Congresso nos próximos dois anos, sua prioridade é ter dirigentes comprometidos com a articulação do Palácio do Planalto. Faz bem! O seu presidencialismo de colisão ficou evidente da porteira para fora. No campo congressual, entretanto, o governo necessita de mais apoio e presença. Sabe que o Centrão não pode tudo e cobra muito caro. O objetivo mediato é chegar no segundo semestre de 2022 em condições favoráveis para a disputa das eleições presidenciais. Contudo, encerrado este período, e ganhe quem ganhar, no seu roteiro está a filiação a um partido político que ele possa chamar de seu. Até março de 2021.
O presidente, um político experiente, sempre teve uma relação complicada com os vários partidos políticos a que foi filiado. Um retrato evidente é o fato de, após a redemocratização, ele ser o primeiro não filiado a um partido político durante o exercício do mandato presidencial. A folha partidária dele é corrida. Já foi, pela ordem, do PDC (Partido Democrata Cristão, 1988-1993), do PPR (Partido Progressista Reformador, 1993-1995), do PPB (Partido Progressista Brasileiro, depois apenas PP e o atual Progressistas, de 1995-2003), do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro, 2003-2005), do PFL (Partido da Frente Liberal, atual Democratas, em 2005), do PP (2005-2016), do PSC (Partido Social Cristão, 2016-2017) e do PSL (Partido Social Liberal, 2018-2019). Com tantas vivências aprendeu que precisa encontrar caminho político para se filiar a algum partido, esta sopa de letrinhas independentes de ideologia, mas que se enquadre em algumas premissas. No Brasil, afinal, os partidos políticos acabaram, quase todos, numa mistura de pequenas empresas e grandes negócios.
Bolsonaro até que fez um pequeno esforço. Com o apoio de um incrível exército de Brancaleone, que se transformou em uma unidade camicase, tentou construir um partido, sob o nome “Aliança pelo Brasil” (APB), que muita gente traduziu por “Aliança pelos Bolsonaros”. Não deu certo. E ele desistiu de dar corda a esta aventura.
Dentre as opções do cardápio oferecido, que já não é muito variado, há alguns partidos maiores. Os Progressistas, os Republicanos, o PTB e o próprio PSL são caminhos possíveis, mas muito custosos. Hoje é impossível, para Bolsonaro, filiar-se a estes partidos. Há outros menores. Na nossa análise, a escolha recairá, com 99% de chances, no Patriota, partido pequeno com vontade de crescer.
Este nono partido na vida de Bolsonaro quase o teve antes das eleições de 2018. Em novembro de 2017, após um compromisso prévio, as negociações desandaram pela posição autoritária de Jair. Ele queria o partido inteiro, com nomes ligados a ele em cada um dos diretórios regionais, controle absoluto do Diretório Nacional, definição de todas as posições políticas importantes e a redistribuição dos acordos que estavam consolidados no partido, registrado definitivamente no TSE em 2012, ainda sob o nome de Partido Ecológico Nacional (PEN). O Patriota, cujo presidente é Adilson Barroso, tem na urna o número 51, incorporou o Partido Republicano Progressista (PRP) em 2018, e possui 6 deputados federais, 49 prefeituras e 719 vereadores. Teve um fundo eleitoral em 2020 de R$ 35.139.355,52. Há alguns esqueletos nos seus armários, mas nada que não se resolva com um pouco de trabalho e comunicação. Avalia-se, enfim, que Bolsonaro trará mais filiados, com maior peso político, o que ajudará a superar a cláusula de barreira prevista na legislação (tema que cada vez mais apertará o calo dos partidos nanicos), e tem a possibilidade real de ser reeleito em 2022.
Do lado de Bolsonaro, o noivado com o Patriota aponta para uma redução nas suas exigências, negociação a partir dos interesses políticos pessoais e de sua famiglia, sem a pressão de uma eleição tão próxima como foi na vez passada, além de uma percepção de que precisa eleger deputados e senadores mais alinhados com ele. Pelo nível da disputa de 2022, a prioridade será uma bancada federal (deputados e senadores) mais que governadores. Ele aposta em nomes do PSL e outros identificados com seu imaginário político, como Rogério Marinho, no Rio Grande do Norte, e Beatriz Kicis (do Distrito Federal), para atrair para o Patriota velhos e novos aliados que o ajudarão a sair do limbo partidário. O casamento não será duradouro. Bolsonaro, desconfiado até da própria sombra, não tem muita fé em partidos. Mas servirá como um passo importante na estratégia que visa repetir o feito de ter outro mandato presidencial. É muito!
Fonte: Inteligência Política

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2 Comentários

  1. Aí sim é tudo de bom um partido de verdade de gente de caráter gente honesta, tem que acabar com os ladrões desse país

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  2. #JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE EM 2022. 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱

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