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AUGUSTO NUNES: “LIRA VEIO PARA ATRAPALHAR COMO FEZ MAIA?”


O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu nesta quinta-feira, 25, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para uma reunião no Palácio do Planalto um dia após o parlamentar ter dito que o Legislativo não tolerará novos erros por parte do poder Executivo no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Na saída da reunião, Bolsonaro acompanhou Lira até o carro oficial e afirmou à imprensa que a relação entre os dois continua normal. “Nunca teve nada errado entre nós”, pontuou. A situação está mais complicada para o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que enfrentou um ambiente hostil durante a participação na sessão do Senado na tarde desta quarta e teve seu pedido de demissão cogitado como forma de “salvar vidas”. Ernesto tinha sido convidado para participar de sessão temática do Senado para explicar os esforços da pasta que comanda para obter vacinas contra o coronavírus. Antes da sessão, o chanceler já tinha sido alvo de duras cobranças por parte do presidente da Câmara.
O comentarista do programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, Augusto Nunes, afirmou que essa é a primeira vez que vê uma disputa em relação ao Ministério das Relações Exteriores dentro do governo. Ele lembrou que o Itamaraty deixou de “trabalhar com subserviência” à Venezuela e Cuba ainda quando Michel Temer assumiu, seguindo os valores ocidentais. “Eu acho que há uma determinante histórica que não pode mudar, só mudou no governo do PT que implantou a política externa da canalhice, que todo o Brasil é mais ligado aos Estados Unidos, são os valores ocidentais, isso aí sempre foi assim no Itamaraty”, afirmou. O jornalista acredita que a política externa do país já está traçada, não entende quais são os interesses de Lira nesse quesito e aponta uma “crise artificial” gerada com o assunto quando outros temas importantes, como reformas e privatizações, deveriam estar sendo pautados. “Ele veio para atrapalhar também, o Arthur Lira, como fez o Rodrigo Maia por dois anos?”, questionou.
Mesmo com dúvidas sobre os interesses de Lira na saída do chanceler, Nunes recordou que Ernesto Araújo tem o costume de se pronunciar sobre diversos temas, o que o deixa mais exposto. “Como um juiz de futebol, o chanceler do Brasil não deve ser notícia. Então aí eu vou falar, sem juízo de valor, como alguém interessado na arte da política: se está criando problemas pessoalmente tem que substituir, porque o Itamaraty não pode ser o foco”, afirmou. Para ele, culpar o Itamaraty por imbróglios na negociação da vacina não faz sentido. “É o ministério da Saúde que tem que cuidar disso, não é o chanceler, que vai, o Ernesto Araújo que vai conseguir convencer algum governo a fazer com que determinado país interfira para que venha vacinas para o Brasil. Isso é louco é doido, não é o Itamaraty que negocia isso. Você pode eventualmente fazer alguma negociação, mas ser o culpado por isso já é demais”, completou.
Fonte: Jovem Pan
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