O Ministério das Relações Exteriores de Israel pede a remoção de vídeos com ideias “anti-semitismo flagrante” e “racistas e perigosas”.
Israel é um representante militar dos EUA que conta com o apoio dos EUA por causa da influência de judeus ricos, disse nesta terça-feira(19) o canal de notícias em inglês CGTN, afiliado ao governo chinês, em um vídeo postado online.
Em um vídeo intitulado “Por que os EUA agem como escudo diplomático para Israel?” o apresentador Zheng Junfeng apresentou uma versão da teoria, encontrada em “Os Protocolos dos Sábios de Sião e outros tratados anti-semitas”, de que os judeus controlam as políticas governamentais por meios nefastos.
O vídeo começou descrevendo a raiva da China com os EUA por bloquear uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra Israel nesta semana e questionando por que sucessivos presidentes dos EUA apoiaram Israel.
“Algumas pessoas acreditam que a política pró-Israel dos EUA pode ser atribuída à influência de judeus ricos nos EUA e do lobby judeu sobre os formuladores de política externa dos EUA”, disse Zheng.
O apresentador da CGTN disse que há “mais de cinco milhões de judeus nos Estados Unidos” e que 18 das 40 maiores pessoas na lista dos bilionários do mundo da Forbes são judeus.
Existem, de fato, mais de sete milhões de judeus nos Estados Unidos, e oito das 40 pessoas mais ricas da Forbes são judias, pelas contas do The Jerusalem Post. Além disso, a lista da Forbes é de bilionários ao redor do mundo e não apenas nos Estados Unidos.
A discrepância pode ser uma aparente tentativa de fazer a influência judaica parecer ainda mais desproporcional e, portanto, mal gerada.
“Os judeus dominam os setores de finanças, mídia e Internet”, disse Zheng. “Então, eles têm lobbies poderosos como alguns dizem? Possivelmente."
Zheng então inverteu sua teoria e postulou que Israel é um fantoche americano.
“Os EUA [têm] usado Israel como um instrumento para promover o interesse geopolítico no Oriente Médio desde os anos 1960”, disse ele.
O apresentador da CGTN descreveu a Guerra dos Seis Dias de 1967 da seguinte maneira: “O autoproclamado Estado judeu derrotou o nacionalismo árabe na guerra de junho. O nacionalismo árabe é a ideia de que o Oriente Médio deveria existir para os árabes, não para os colonos judeus e as empresas de petróleo dos EUA. ”
“Aparentemente, os EUA não gostaram da ideia e Israel prestou um grande serviço a Washington e aos interesses petrolíferos dos EUA”, acrescentou. “Desde então, Israel se tornou uma cabeça de ponte dos EUA.”
Zheng disse que Israel "funcionou como um procurador dos EUA quando [o] Pentágono foi restringido pela lei dos EUA".
O vídeo foi tweetado pela CGTN, que possui 13,5 milhões de seguidores no Twitter. O canal é propriedade da mídia estatal chinesa China Central Television, que está subordinada ao Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês.
Fonte: The Jerusalem Post
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