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A CHANTAGEM NOSSA DE CADA DIA

Por Lucia Maroni
No dicionário, chantagem é a “pressão que se realiza sobre uma pessoa para se conseguir dinheiro ou outros benefícios (…)” (www.dicio.com.br/chantagem). Talvez, seja o jeito mais rasteiro de se conseguir, de certa maneira, “arrancar” algo de alguém. Mesmo que seja à força.
E isso não soa familiar, principalmente em se tratando de do nosso atual cenário político?  Algumas figuras públicas — e, porque não dizer, irrelevantes — resolveram se valer desse expediente para poder ter uma moeda de troca. Mesmo que à custa do sofrimento alheio.
Caso mais recente é o do senador Davi Alcolumbre. Após ter a sua tentativa de reeleição à presidência do senado — mesmo sabendo ser contra a Constituição — frustrada pelo STF, ele ganhou como presente a CCJ da casa. O que significa dizer que as maioria dos assuntos pertinentes ao país passa por lá.
Agora, o nosso garotinho mimado resolveu espernear e barrar a indicação feita pelo presidente da república à cadeira vacante da Suprema Corte. Típico de uma pessoa que pouco se importa com o destino dos outros — e que, quando encurralado, se faz de vítima.
Claro que também há as chantagens veladas. Ou, trocando em miúdos, gente que muda de opinião simplesmente porque não ganhou o presente esperado. Sites de notícia ou mesmo jornalistas que antes da eleição apoiavam o candidato vencedor, hoje agem como se tivessem sido traídos. Como são as pessoas que vivem amarguradas, com um final melancólico.
É triste saber que esse tipo de comportamento acaba sabotando a vida de quem realmente precisa. Nossa classe política, em sua maioria, simplesmente ignora a população que depositou sua esperança — e seu voto — em políticos que se deslumbram como uma criança que ganhou um presente de Natal. E que, como qualquer outra criança, também adora uma chantagem.
O que consola é saber que, felizmente, essas “crianças pirracentas” que dominam o cenário político nacional tem prazo para terminar. E, especialmente, que essa chantagem depende exclusivamente da vontade popular para chegar ao fim. No caso da nossa classe política, melancólico.
“Vivemos num tempo de chantagem universal, que torna duas formas complementares de escárnio: há a chantagem da violência e a chantagem do entretenimento. Uma e outra servem sempre para a mesma coisa: manter o homem simples longe do centro dos acontecimentos”. (Jose Ortega y Gasset)
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