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Gigante petrolífera da Rússia rompe com Putin

A Lukoil, segunda maior petrolífera da Rússia, rompeu com o presidente do país, Vladimir Putin. A companhia, que produz 2% do petróleo bruto do mundo e emprega mais de 100 mil pessoas, pediu que o Kremlin encerre imediatamente suas investidas contra a Ucrânia. Em nota, a empresa destaca que o fim do conflito no Leste Europeu será benéfico para ambos os países.
“Expressamos nossa sincera empatia por todas as vítimas afetadas por esta tragédia”, diz um trecho. “Apoiamos um cessar-fogo duradouro e a solução dos problemas por meio de negociações sérias e diplomáticas.” O presidente e CEO da Lukoil, Vagit Alekperov, é um dos homens mais ricos da Rússia. Ele é dono da maioria das ações da empresa.
A Lukoil tem operações em dezenas de países ao redor do mundo. Na Rússia, a companhia perde apenas para a gigante estatal Rosneft. Em virtude da ofensiva putinista contra os ucranianos, a empresa enfrenta enormes desafios. Isso porque os comerciantes evitam o petróleo russo, por medo de entrar em conflito com as sanções econômicas impostas pelas potências ocidentais. Depois da invasão da Ucrânia, as ações da Lukoil listadas na Bolsa de Valores de Londres perderam quase 100% de seu valor. A negociação dos papéis da empresa foi suspensa na última quinta-feira, 3.
A petrolífera ainda enfrenta pedidos de boicote nos Estados Unidos, onde existem 230 postos de gasolina Lukoil de propriedade de franqueados norte-americanos. A maioria das estações de serviço que levam a marca Lukoil está em Nova Iorque, Nova Jersey e Pensilvânia.
No início desta semana, os bilionários russos Mikhail Fridman e Oleg Deripaska também romperam com o Kremlin e clamaram pelo fim da guerra. Fridman, nascido no oeste ucraniano, pediu que o “derramamento de sangue acabasse”. Ele é presidente do Alfa Group, um conglomerado privado que abrange bancos, seguros, varejo e produção de água mineral.
O bilionário também é presidente do Alfa Bank, a quarta maior empresa de serviços financeiros da Rússia. O banco foi atingido por sanções que o impedirão de arrecadar dinheiro no mercado dos Estados Unidos. Deripaska, sancionado por Washington em 2018, fez fortuna no alumínio.
Reportagem publicada na Edição 102 da Revista Oeste mostra a série de retaliações impostas à Rússia. Clique aqui para ler o material completo.
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