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Situação da Argentina atinge nível crítico e já se compara com o desastre da Venezuela

 A argentina se vê como um tango, uma obra de arte. Passional, ardente e trágica. E talvez ela seja mesmo. Depois de quatro mandatos de Nestor e Cristina Kirchner 2003 a 2015 – e aí já temos o primeiro erro estrutural, em nenhuma democracia séria um cônjuge pode suceder o outro na presidência. 
Exceto na Argentina, claro. No final de 2015 o economista e cartola Mauricio Macri quebrou essa sequência da esquerda estatizante e tentou fazer as reformas econômicas e trabalhistas que o país tanto precisava. 
Mas, acostumada com a fantasia socialista – 40% da mão de obra argentina integra o funcionalismo público – Macri foi logo derrotado e em 2019 elegeram Alberto Fernandez. Outro ‘peron-socialista’ e com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice. 
Com a volta dos peronistas ao poder, retornou a ilusão, a irresponsabilidade e, claro, a corrupção. Para piorar a pandemia pegou o país com uma dívida impagável, os preços subindo sem controle e a pobreza enchendo as calçadas de pedintes. Ao longo dos meses de estagnação e medidas impopulares, Alberto Fernández, o burocrata que o peronismo instalou na Casa Rosada, rompeu de vez com sua criadora e vice, Cristina Kirchner, mas era tarde.
Em março, o índice de inflação foi de 6,7%, o segundo mais alto do mundo, atrás apenas da Rússia em guerra (7,6%). Em abril, foram os juros que fizeram os argentinos chorar: o Banco Central os elevou pela quarta vez e a taxa anual chegou a 47%, um recorde planetário. 
As perspectivas são desanimadoras. A inflação anual bateu em 55,1% e o mercado calcula que, ao fim deste 16º ano consecutivo de taxa na casa dos dois dígitos, ela dispare para 65%, o maior índice desde 1991. 
Quem tem de tocar a vida nesse ritmo reclama do supermercado, da farmácia e da padaria, onde é necessário muito jogo de cintura para driblar os acréscimos constantes, e mais ainda do colégio e do plano de saúde, de onde partem aumentos fulminantes — e incontornáveis — três ou quatro vezes por ano. No acumulado do primeiro trimestre, só os gastos com educação subiram 27,9%. 
“Esses saltos arrebentam o orçamento da família de classe média”, diz Marina Dal Poggetto, diretora da consultoria EcoG. 
Imerso no seu dramático tango político-financeiro, o país está perto de tomar o lugar da Venezuela de pior performance na América Latina. 
Segundo projeções do Credit Suisse, a Venezuela terá uma inflação de absurdos 70%, ainda assim menos que a da Argentina. 
Em época de eleições no Brasil não custa olhar a situação dos vizinhos ‘socialistas’: Venezuela, Argentina e se preparem para noticias ainda piores vindo do Chile onde os eleitores elegeram um líder estudantil, de 35 anos, sem nenhuma experiência profissional para dirigir o país.
Fonte: Jornal Cidade Online 
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