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Líder do PL: ‘Deputado que declarar apoio a Lula tem que deixar o partido’


O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, participou do programa Os Três Poderes nesta sexta-feira, 14. O parlamentar foi entrevistado pelos colunistas Robson Bonin, Matheus Leitão e José Benedito da Silva.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, participou do programa Os Três Poderes nesta sexta-feira, 14. O parlamentar foi entrevistado pelos colunistas Robson Bonin, Matheus Leitão e José Benedito da Silva.
A aliança entre o governo Lula e o Centrão, tema da reportagem de capa desta semana, e os recentes atritos entre integrantes do partido estiveram entre os temas em pauta.
Sobre a discussão entre parlamentares do PL em um grupo do WhatsApp após a votação da reforma tributária, na qual vinte dos 99 deputados votaram a favor, contrariando a recomendação do partido, Côrtes afirmou que “existem realidades diferentes no Brasil” e que, por isso, “deputados necessitam de um apoio do governo (federal) para as suas bases e prefeituras”, mas que “o PL não está dividido”.
O líder confirmou o entrevero, classificando-o como “constrangedor”, mas disse que o tema “já foi superado” e que o deputado que “passou do limite” já se desculpou. “Essa discussão faz nossa bancada ficar mais forte e unida ainda”, salientou.
Sobre um possível duelo de poder entre a ala moderada do partido e a ala que chegou junto com Bolsonaro, chamada ideológica, o deputado minimizou e disse acreditar que “o diálogo vai prevalecer”.
Ele ressaltou que “nas pautas pra defesa do conservadorismo, família, liberdade, pautas do Bolsonaro”, todos os 99 deputados votarão juntos. Segundo o político, “existem divergências quando existem realidades regionais diferentes”, mas “ninguém vai deixar o partido”. “Aquele deputado que declarar apoio ao Lula tem que deixar o partido, o que não é o caso até o momento”, afirmou.
Altineu Côrtes também comentou o episódio que envolveu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, antes da votação da reforma tributária, durante uma reunião do PL. Na ocasião, o político foi interrompido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e foi vaiado por alguns parlamentares ao defender a matéria que seria analisada na Câmara.
Segundo o líder da sigla, “houve um constrangimento”, mas o governador falou com Bolsonaro e com Valdemar Costa Neto e agora “está tudo tranquilo”. “Eu não acredito que vá haver problema (na relação de Tarcísio com Bolsonaro), porque eles têm uma relação muito sólida e transparente”, ressaltou.
A respeito da reportagem de VEJA, que revelou que o PL foi o partido que mais recebeu emendas do governo Lula este ano, o parlamentar afirmou se tratar de “emendas impositivas, a que os deputados têm direito” e que “não foram emendas que o governo deu em troca de nada”.
Ele também enfatizou que “de forma alguma o PL vai negociar cargos no governo ou vai receber emendas extras”.
Quando questionado sobre a conduta de Bolsonaro durante sua gestão à frente do Planalto, Côrtes disse ser “óbvio” que o ex-presidente “se excedeu em alguns momentos”.
O parlamentar disse, contudo, que o ex-capitão foi “honesto” e que está sendo vítima de “uma injustiça sem tamanho”, citando a condenação que deixou Bolsonaro inelegível até 2030. “O presidente expressou sua opinião”, disse.
O deputado também citou o episódio no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse ter “derrotado o bolsonarismo” durante um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes) e classificou o episódio como “gravíssimo”.
“É lastimável a gente ver um ministro do STF ter um posicionamento político”, afirmou. Para ele, a última eleição, “pelas palavras de um ministro do STF, foi absolutamente suspeita”. “O que pode ter acontecido neste bastidor?”, questionou.
“O ministro Barroso deve se dar por interditado em qualquer processo que trate do PL ou de alguém ligado ao bolsonarismo. Aquela fala não existe conserto. É uma coisa gravíssima”, concluiu Côrtes.
Com informações da Veja
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