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Israel entra em alerta máximo após ameaças do Irã

 
Ataque à embaixada de Teerã em Damasco na segunda-feira, que resultou na morte de altos funcionários da Guarda Revolucionária, desencadeou a fúria do regime iraniano
Israel entrou em "alerta máximo" nesta quinta-feira (4) após as recentes ameaças do Irã, em resposta ao ataque de segunda-feira à embaixada de Teerã em Damasco, que resultou na morte de sete altos funcionários da Guarda Revolucionária e foi atribuído a Tel Aviv.
“Nós estivemos em guerra em múltiplos fronts nos últimos seis meses. Estamos em alerta máximo em todos os aspectos. Estamos monitorando ameaças e frustrando-as o tempo todo, em vários fronts, e estamos em um alto nível de preparação para defesa e ataque”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari, acrescentando que todas as unidades de combate, sistemas de defesa aérea e aeronaves estão “preparados para defesa e ataque” em “diversos cenários”.
O porta-voz disse ainda que, após essa nova avaliação de segurança, foram suspensas as licenças de férias para todos os oficiais, o pessoal foi reforçado e o número de reservistas aumentou, enquanto, nas últimas horas, houve alterações nos serviços de GPS no centro do país para prevenir possíveis ataques com mísseis ou drones. Essa tecnologia já está em uso na fronteira norte de Israel e nas comunidades próximas à Gaza e afeta a geolocalização das pessoas na região.
O chefe da Inteligência Militar israelense, Aharon Haliva, alertou: “Não é seguro que o pior já tenha passado, dias complexos nos aguardam”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também abordou o tema e lançou sua própria advertência ao regime persa. “O Irã tem atuado contra nós diretamente e por meio de seus procuradores há anos, por isso Israel tem agido contra o Irã e seus procuradores tanto defensiva quanto ofensivamente", afirmou Netanyahu durante uma reunião com seu gabinete. “Saberemos nos defender e agiremos segundo o simples princípio de que quem nos prejudicar ou planejar nos prejudicar, nós o prejudicaremos.”
Os anúncios recentes respondem à escalada de tensões desencadeada pelo ataque de segunda-feira em Damasco, atribuído a Israel. A este episódio, o pior golpe ao corpo militar de elite iraniano desde a morte de Qasem Soleimani, seguiram-se declarações do líder supremo Ali Khamenei e do presidente Ebrahim Raisi, prometendo vingança.
“Os esforços desesperados como a ação que cometeram na Síria não os salvarão da derrota. Certamente, (Israel) será atingido pelo que fez (...) A derrota do regime sionista em Gaza continuará e o regime se aproximará do colapso e da destruição”, alertou Khamenei nesta semana e prometeu que “o regime maligno será punido por nossos corajosos homens, faremos com que se arrependam deste crime e de outros similares”.
O Embaixador do Irã na Síria declarou que "Israel ultrapassou as linhas vermelhas" ao atacar seu país. Tel Aviv agora enfrenta uma gama de possíveis cenários que incluem ofensivas com mísseis e drones lançados por grupos apoiados por Teerã no Líbano, Síria, Iraque ou Iêmen. Todos esses grupos militantes mantêm confrontos com o país, no contexto do conflito com o Hamas. No entanto, as Forças de Defesa de Israel não descartam uma possível manobra com mísseis balísticos lançados diretamente do Irã.
De qualquer forma, segundo informou o The Times of Israel citando dois funcionários iranianos, a nação persa não mudará a abordagem adotada em outubro para evitar iniciar um confronto direto com Israel ou os Estados Unidos, mas continuará canalizando suas ofensivas por meio do apoio aos grupos militantes que já estão em guerra com esses países. Assim, acrescentou um dos funcionários, a retaliação será limitada e com objetivos dissuasivos.
(Com informações da EFE e Infobae.)

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