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A redenção dos “cancelados”: personalidades como Luciano Hang e Pablo Marçal se destacam na ajuda às vítimas no RS

Por Gazeta do Povo
Se “os humilhados serão exaltados”, como diz a Bíblia, chegou a vez dos “cancelados” ganharem sua redenção.
Ao menos no Brasil, onde algumas das personalidades mais boicotadas pela esquerda estão se destacando por sua atuação no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Desde o início da crise no estado, o público das redes sociais tem reconhecido os esforços de figuras como Neymar, Pablo Marçal, Nego Di, Renata Barreto, Gusttavo Lima e Pedro Scooby, entre outros.
Posts com confissões do tipo “Nunca achei que gostaria do Luciano Hang” se tornaram uma constante, bem como o apoio popular às ações do cidadão comum e da iniciativa privada.
Hang, por exemplo, disponibilizou dois helicópteros para levar alimentos, água e remédios aos gaúchos – além de uma equipe formada por quatro pilotos, um mecânico e um resgatista voluntário.
Em operação desde o dia 2, as aeronaves já realizaram mais de 300 voos, inclusive transportando médicos e pacientes que precisam passar por sessões de hemodiálise.
O dono da Havan (que teve duas lojas inundadas na região), ainda arrecadou, em apenas dois dias, mais de R$ 1 milhão por meio de uma campanha de “troco solidário” nas unidades da rede.
“Aqui em Santa Catarina nós estamos acostumados com esse tipo de situação. Mas os rios transbordam e inundam casas, não varrem cidades inteiras como estamos vendo no Rio Grande do Sul”, afirma Hang.
Questionado sobre a participação do Estado no processo, ele diz que prefere não polemizar.
“Os governos, tanto o estadual, quanto o federal, estão ajudando, sim. E também as prefeituras e as polícias. O que vem chamando a atenção, desta vez, é que o volume de trabalho da população civil tem sido muito grande.”
O empresário e palestrante goiano Pablo Marçal iniciou sua colaboração enviando dez carretas com toneladas de alimentos. Em seguida, foi pessoalmente às regiões mais alagadas, onde colocou a mão na massa para salvar moradores ilhados.
Paralelamente, coordenou um plano de logística para conectar uma frota de aeronaves e barcos a centros de distribuição espalhados por uma dezena de cidades.
E, em meio às atividades, acabou sendo acionado pela Advocacia-Geral da União, por supostamente disseminar fake news.
Segundo a AGU, ele afirmou que as Forças Armadas estavam indiferentes à tragédia. O órgão agora pede, junto à Justiça, uma retratação.
Marçal, por sua vez, exige uma reparação por parte da jornalista Natuza Nery, da GloboNews. Ela também o acusou de propagar a “desinformação” em um vídeo no qual o empreendedor diz que caminhões com donativos estavam sendo multados.
Mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reconheceu que houve casos pontuais nesse sentido, e vai anular as penalidades.
“Se eles não se retratarem dentro de uma semana, vamos entrar com um processo contra a Globo”, afirmou Marçal, na última quarta-feira (8), à reportagem da Gazeta do Povo.
Pré-candidato à Presidência da República nas últimas eleições, ele está avaliando uma nova tentativa de entrar na política depois de ver de perto a morosidade do poder público diante da crise no Rio Grande do Sul.
“Sempre achei que sou mais útil como empresário. Mas cheguei num ponto tão avançado de indignação que estou pensado em assumir esse protagonismo.”
Sócia de uma empresa com sede no estado, a economista e comentarista política Renata Barreto começou ajudando os funcionários da companhia na Grande Porto Alegre e no interior.
Num segundo momento, mobilizou outros empreendedores, de diferentes lugares do país, que se reuniram para enviar dois aviões e cinco caminhões com mantimentos.
De Miami, onde reside, Renata também criou um formulário online em que doadores e vítimas podem se cadastrar e fazer contato – para solicitar resgates e organizar o envio de marmitas, água mineral e cobertores, entre outros itens.
“Não quero ser injusta, mas a minha impressão é de que a direita está participando mais da mobilização, enquanto a esquerda age como uma minoria barulhenta”, afirma Renata.
Para ela, o fato de a iniciativa privada estar em evidência neste contexto é algo natural, pois trata-se de um setor capaz de reagir com mais velocidade.

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