A Suprema Corte dos Estados Unidos determinou, neste sábado (19), a interrupção imediata das deportações de cidadãos venezuelanos até que haja uma nova deliberação. A decisão foi tomada após analisar pedidos de emergência apresentados na sexta-feira (18) por uma organização que acusa o governo de Donald Trump de intensificar a expulsão de imigrantes para El Salvador.
O tribunal barrou a deportação de venezuelanos detidos em um centro de imigração no Texas, com base na Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 – norma raramente aplicada, reservada a períodos de guerra. A ordem, que teve dois votos dissidentes, atendeu a um recurso da União Americana de Liberdades Civis (ACLU). A entidade argumentou que as autoridades migratórias estavam tentando retomar as expulsões sob essa legislação, invocada por Trump em 14 de março para deportar centenas de venezuelanos, acusados de integrar a organização criminosa Tren de Aragua.
Na semana anterior, a Suprema Corte havia autorizado a continuidade das deportações para uma megaprisão em El Salvador, desde que os imigrantes sob risco de expulsão fossem notificados e tivessem um "prazo razoável" para recorrer.
O governo norte-americano firmou um acordo com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para enviar detidos ao Centro de Confinamento de Terrorismo (Cecot), prisão de segurança máxima denunciada por violações de direitos humanos. Até o momento, mais de 200 imigrantes, a maioria venezuelanos, foram transferidos para o local, sob a alegação de vínculos com o Tren de Aragua, facção originária de um presídio na Venezuela.
Com informações da Agência EFE
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