A participação da população nas decisões sobre segurança pública vem ganhando força no Distrito Federal. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), entre janeiro e maio de 2025, mais de 3 mil pessoas participaram das reuniões dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), totalizando 98 encontros e mais de 1.100 demandas encaminhadas aos órgãos competentes.
Esses conselhos fazem parte do programa Segurança Integral, política pública que busca integrar ações de prevenção, policiamento e participação social, sob coordenação da SSP-DF. Segundo o secretário Sandro Avelar, os dados confirmam a importância dos Consegs como espaços de escuta ativa, regionalizada e constante. “A participação da comunidade tem sido fundamental para tornar a segurança pública mais próxima, ágil e resolutiva”, afirmou.
Aproximação entre governo e comunidade
Os Consegs promovem reuniões mensais abertas à população, nas quais moradores, lideranças comunitárias, forças de segurança e representantes de órgãos públicos discutem temas como perturbação do sossego, iluminação pública, segurança escolar e assistência à população em situação de rua.
As demandas registradas são acompanhadas pela Subsecretaria dos Conselhos Comunitários de Segurança (Subconsegs) até que haja um retorno oficial. Até maio, a Polícia Militar do DF apresentou o maior índice de resolutividade, com 64% das solicitações atendidas.
Expansão e fortalecimento dos conselhos
O Distrito Federal conta atualmente com 42 Consegs ativos, sendo 36 em áreas urbanas e seis em zonas rurais. Diante da crescente adesão e da complexidade das demandas, a SSP-DF avalia a criação de mais seis conselhos, incluindo novas regiões rurais.
“Temos observado uma expansão natural dos Consegs, inclusive no campo, o que motivou a criação do eixo Campo Mais Seguro, voltado à realidade rural, que exige estratégias específicas”, explicou o secretário Avelar.
Para o subsecretário Paulo André Monteiro, o engajamento da população é essencial. “Quando a comunidade participa, fortalece o trabalho das forças de segurança e amplia a representatividade das suas demandas. Os Consegs são um elo entre o cidadão e as ações públicas”, destacou.
Participação cidadã gera impacto real
Além de fortalecer o diálogo entre população e governo, os Consegs têm repercussão direta na formulação de políticas públicas. Um exemplo recente é a portaria que regulamentou o horário de funcionamento das distribuidoras de bebidas no DF, elaborada a partir de demandas frequentes levantadas nas reuniões comunitárias.
A experiência reforça a importância de mecanismos de escuta ativa como base para políticas mais eficazes, descentralizadas e alinhadas às necessidades reais da sociedade.
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