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PGR rejeita perdão total a Mauro Cid e defende redução de pena

A Procuradoria-Geral da República (PGR) propôs uma importante decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. Paulo Gonet, procurador-geral da República, recomendou que Cid receba uma redução de pena de um terço pelos crimes confessados no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, mas rejeitou a concessão de perdão total, o que é previsto nas colaborações premiadas.
A PGR fundamentou sua decisão com base no comportamento de Cid durante a colaboração com a investigação. De acordo com Gonet, o tenente-coronel omitiu informações cruciais e não demonstrou total comprometimento com a verdade. Para o procurador, a falta de boa-fé comprometeu o processo, e os benefícios legais que surgem de um acordo de delação premiada devem ser oferecidos somente àqueles que colaboram de maneira integral e transparente com as investigações.
Em sua manifestação final, Gonet afirmou que a postura de Cid prejudicou a integridade do processo penal, destacando a tentativa do militar de distorcer ou esconder fatos essenciais da acusação. Além disso, a PGR apontou que o comportamento seletivo de Cid tornou sua colaboração insuficiente para um perdão total, o que, segundo o procurador, demanda uma punição proporcional aos danos causados.
O pedido da PGR de que Mauro Cid receba uma redução de pena reflete a necessidade de equilibrar os benefícios de uma delação premiada com a responsabilidade de garantir que a justiça seja plenamente cumprida. A decisão final agora cabe à Primeira Turma do STF, que irá considerar as provas reunidas pela Polícia Federal e as circunstâncias específicas da colaboração de Cid.
Embora tenha colaborado parcialmente, a atuação de Cid e a recusa em fornecer informações completas e verídicas demonstram as dificuldades enfrentadas pelas autoridades no combate ao golpe. A legislação brasileira requer um compromisso absoluto com a verdade para que um colaborador possa se beneficiar de uma punição mais branda.

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