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Big Techs contra-atacam: Amazon, Google e Microsoft pedem a Trump intervenção contra STF e governo Lula

Um grupo de 81 das maiores empresas de tecnologia do mundo enviou ao governo dos Estados Unidos um documento com críticas duras às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e às propostas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionadas à regulação da internet, inteligência artificial e tributação digital.
A iniciativa partiu do Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação (ITI), que reúne companhias como Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, Intel, Dell, Visa, Mastercard, Cisco, IBM, Samsung, HP, Adobe e muitas outras líderes globais. O dossiê foi encaminhado ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) e faz parte do processo de investigação sobre práticas comerciais brasileiras conduzido pela gestão de Donald Trump.
Principais pontos de atrito
🔹 Marco Civil da Internet – A decisão do STF, em junho, que permite responsabilizar plataformas digitais por conteúdos de terceiros não removidos após notificações, mesmo sem ordem judicial, foi classificada como uma medida que elimina o “porto seguro” jurídico das empresas e pode gerar censura e altos custos operacionais.
🔹 Normas da Anatel – A resolução que responsabiliza marketplaces como Amazon, Shopee e Mercado Livre por anúncios irregulares foi criticada por criar insegurança jurídica e afastar investimentos.
🔹 Inteligência Artificial – O PL 2338/2023, que cria regras para IA e prevê remuneração a autores de conteúdos utilizados por sistemas de inteligência artificial, foi considerado “inviável técnica e operacionalmente” e um risco para a competitividade das empresas americanas frente à China.
🔹 Tributação digital – As empresas rejeitam a criação da Contribuição Social Digital (CSD), proposta pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), e as falas de Lula sobre taxar big techs, apontando risco de encarecimento dos serviços e redução de investimentos no país.

Pressão diplomática
No documento, a ITI pede que os Estados Unidos “permaneçam vigilantes” contra medidas direcionadas às empresas americanas e defendem maior diálogo entre Washington e Brasília. O grupo reforça que o Brasil é um dos mercados mais importantes para o setor, com superávit de quase US$ 5 bilhões em exportações de tecnologia para os EUA em 2023.
A movimentação aumenta a tensão no cenário político e regulatório brasileiro, colocando em rota de colisão o governo Lula, o STF e as gigantes globais de tecnologia.

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