O Exército de Israel afirmou neste domingo (14) que recebeu, nas últimas semanas, pedidos de membros do Hamas e de suas famílias para sair da Faixa de Gaza e se transferir para um terceiro país. O anúncio foi feito pelo COGAT, autoridade militar israelense responsável pela administração dos territórios palestinos.
“Enquanto o Hamas insta os residentes da cidade de Gaza a não se deslocarem para o sul, seus agentes temem por suas vidas e buscam abandonar a Faixa de Gaza”, declarou o general Ghassan Alian, chefe do COGAT, chamando de “hipócrita” a atitude de altos funcionários do grupo palestino que recorreram ao mecanismo israelense de evacuação.
Segundo o comunicado, há duas semanas, Anwar Atallah, membro do conselho de Gaza, conseguiu sair do enclave com sua família, via Jordânia, para um país não revelado. Israel informou também ter recebido pedidos semelhantes de Mohamed al Madhoun, ministro do governo do Hamas, além das famílias de Ismail Ashqar e Alaa el Din al Batta, que foram negados.
Enquanto isso, os bombardeios continuam intensos. No sábado (13), o Exército israelense derrubou a torre Nour, um prédio de 12 andares em Gaza, após alertar moradores para evacuar o local. Israel afirma que o edifício era usado pelo Hamas para planejar ataques. Segundo a Defesa Civil de Gaza, mais de 53 mil palestinos ficaram desabrigados em menos de uma semana, e o número de mortos já ultrapassa 64,9 mil pessoas, com mais de 164 mil feridos desde o início da ofensiva.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçou no fim de semana que a guerra só acabará quando os líderes do Hamas forem eliminados. Ele acusou os dirigentes do grupo, que vivem no Qatar, de bloquear as negociações de cessar-fogo. “Livrar-se deles eliminaria o principal obstáculo para libertar todos os nossos reféns e encerrar a guerra”, escreveu no X (antigo Twitter).

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