Demissão em bancos já e o primeiro sinal de crise no país.
O Itaú Unibanco iniciou nesta segunda-feira (8) uma série de desligamentos que já repercute fortemente nas redes sociais. Relatos de funcionários indicam cortes em diferentes áreas, com estimativas variando entre mil e dois mil demitidos. A instituição confirmou a medida em nota oficial, mas não divulgou o número exato de trabalhadores atingidos.
Segundo o banco, as demissões decorrem de uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. A nota acrescenta que foram identificados “padrões incompatíveis com os princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”.
Nas redes, circulam relatos de que a instituição teria monitorado a atividade em computadores de colaboradores em home office, encontrando discrepâncias entre o tempo registrado e o efetivamente trabalhado. Até o momento, não há dados oficiais sobre quantos desligados eram contratados via CLT e quantos atuavam como prestadores de serviço (PJ/MEI).
O movimento chama ainda mais atenção diante do desempenho financeiro da instituição: em 2024, o Itaú foi o segundo maior lucro da B3, atrás apenas da Petrobras, com ganhos superiores a R$ 22,6 bilhões. O resultado reforça seu posto como maior banco do país em ativos, o que aumenta a polêmica sobre o impacto das demissões.
Especialistas destacam que, além do efeito imediato sobre os trabalhadores desligados, a decisão pode acirrar o debate sobre controle digital no home office, segurança jurídica nas relações de trabalho e responsabilidade social de empresas altamente lucrativas em períodos de instabilidade econômica.
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