Martin de Luca critica ministros brasileiros e diz que tribunais do país “recompensam a paralisia e punem a coragem”
As repercussões internacionais sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, ultrapassaram as fronteiras do Brasil. Nesta quinta-feira (30), Martin de Luca, advogado pessoal do presidente norte-americano Donald Trump, fez duras críticas às instituições brasileiras, especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em uma série de publicações na rede social X (antigo Twitter), De Luca afirmou que as cortes brasileiras estariam atuando de forma a enfraquecer o enfrentamento ao crime organizado, beneficiando indiretamente grupos como o Comando Vermelho (CV) — facção apontada como uma das mais violentas da América Latina.
“Dois ministros do STF do Brasil, Gilmar Mendes e Flávio Dino, criticaram publicamente a grande operação do Rio contra o Comando Vermelho apenas um dia depois de ela acontecer. A preocupação deles não era com os civis encurralados por gangues com drones e fuzis, mas em questionar a polícia”, escreveu o advogado.
As repercussões internacionais sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, ultrapassaram as fronteiras do Brasil. Nesta quinta-feira (30), Martin de Luca, advogado pessoal do presidente norte-americano Donald Trump, fez duras críticas às instituições brasileiras, especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em uma série de publicações na rede social X (antigo Twitter), De Luca afirmou que as cortes brasileiras estariam atuando de forma a enfraquecer o enfrentamento ao crime organizado, beneficiando indiretamente grupos como o Comando Vermelho (CV) — facção apontada como uma das mais violentas da América Latina.
“Dois ministros do STF do Brasil, Gilmar Mendes e Flávio Dino, criticaram publicamente a grande operação do Rio contra o Comando Vermelho apenas um dia depois de ela acontecer. A preocupação deles não era com os civis encurralados por gangues com drones e fuzis, mas em questionar a polícia”, escreveu o advogado.
Críticas à interferência do Judiciário
De Luca afirmou que o ativismo judicial no Brasil tem comprometido a autonomia das forças de segurança estaduais. Segundo ele, decisões judiciais e críticas públicas vindas do Supremo “mudam o cálculo de risco para quem está na linha de frente”, reduzindo a efetividade das ações policiais e fortalecendo as facções criminosas.
“Quando juízes se preocupam mais em punir as autoridades do que em deter criminosos, algo fundamental se rompe. Isso significa menos operações, resposta mais lenta e o fortalecimento das organizações criminosas”, publicou.
O advogado também elogiou o governador Cláudio Castro (PL-RJ) pela condução da megaoperação, classificando-o como “um dos poucos líderes dispostos a enfrentar o crime organizado”. Segundo De Luca, a reação do TSE contra Castro — que marcou uma sessão para julgar uma ação que pode levar à sua cassação — “parece uma retaliação política pelo sucesso da operação”.
“Um dia depois de ele liderar a maior ação do Brasil contra o Comando Vermelho — grupo que os EUA consideram classificar como organização terrorista —, o TSE agenda seu julgamento. O Brasil não derrotará o crime se punir a coragem e recompensar a paralisia”, escreveu.
O olhar americano sobre o crime no Brasil
A fala do advogado de Trump reforça uma tendência crescente entre setores conservadores dos EUA de enxergar o avanço do narcotráfico latino-americano como uma questão de segurança nacional. O próprio governo norte-americano já discute, nos bastidores, a designação de facções brasileiras como organizações terroristas estrangeiras (FTO) — medida que permitiria sanções econômicas e cooperação militar ampliada.
Nos últimos meses, Cláudio Castro e Guilherme Derrite (secretário de Segurança de São Paulo) intensificaram o diálogo com autoridades norte-americanas sobre o tema, o que pode estar moldando uma nova aliança internacional contra o crime transnacional.
STF e governo Lula na defensiva
As declarações de De Luca ocorrem no momento em que o governo Lula e ministros do STF enfrentam fortes críticas por parte de governadores e especialistas em segurança. O Consórcio da Paz, criado nesta semana por líderes estaduais de direita, foi interpretado como uma resposta direta à centralização do governo federal e à ingerência do Supremo em temas de segurança pública.
Enquanto governadores como Castro, Caiado, Zema e Tarcísio de Freitas defendem operações duras contra as facções, o Planalto e setores progressistas insistem na necessidade de “preservar direitos humanos e combater excessos policiais”.
No centro da crise, o Rio de Janeiro volta a ser palco de um embate que mistura política, segurança e geopolítica — e agora, com os holofotes voltados também de Washington.
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